Estava largada no meu quarto encostada sobre a porta enquanto ainda tento tomar coragem para acordar, acordei rastejando para expulsar o sono porém ainda sim consigo sentir a imensa vontade de fechar os olhos.—Filha está acordada?—escuto meu pai bater na porta.
—Hm—dou um resmungo que pareceu doer.
—Posso entrar?—ele pergunta e eu acabo saindo da porta e me jogando no chão pois não tive força o suficiente para levantar.
—Pai, sinto algo estranho! Devo estar gripada ou algo do tipo.
—Menina você está louca? Tá largada aí no chão —ele diz me levantando e me colocando na cama novamente—você está sim com febre, vamos para o hospital.
E então ele me ajuda a levantar e entrar no banheiro para tomar um banho, sinto como se as minhas pernas começassem a falhar assim que tento me levantar então apenas decido desistir, abro o chuveiro e permaneço sentada enquanto sinto a água cair sobre mim. Depois de alguns minutos tive a coragem de pegar o sabonete e começar a tomar o meu verdadeiro banho, foi doloroso porém tentei o máximo que pude.
—Filha aqui está a sua roupa e a toalha—vejo somente a mão de meu pai passar pela porta e já vou buscar—se precisar de algo é só gritar por socorro.
—Eu estou bem pai—digo e já vou colocar a roupa.
Passo alguns minutos processando coisas que passam pela minha cabeça e logo começo a colocar a peça de roupa que meu pai havia escolhido, até que ele não havia agredido a moda ou algo assim. O pior é que em meio aos meus pensamentos acabei por lembrar que a minha formatura seria amanhã, com a entrega do certificado com direito a tudo, não vou poder aparecer lá com a cara mais morta do que os próprios defuntos.
—Aí que merda—digo para mim mesmo frustrada com tudo aquilo.
Consigo então levantar da tampa do vaso no qual passei sentada por alguns longos tempos e vou até a sala que vejo meu pai me esperar enquanto parece ligar para alguém, ele então se assusta assim que vê que estava ali na sala.
—Está aí a quanto tempo?—ele questiona todo desconfiado.
—Cheguei agora, está acontecendo alguma coisa?—respondo sua pergunta com outra.
—Não aconteceu nada, vamos logo pois odeio te ver desse jeito—diz e logo saimos da casa indo em direção ao hospital, o carro do meu pai poderia ser velho mais o bichinho ainda funciona para andar.
Demorou algum tempo até chegarmos no hospital por conta do carro lento do meu pai, não vou reclamar pois caso essa belezinha não existisse estaria agora no ponto de ônibus e rodando a cidade inteira somente para chegar no hospital. Assim que entramos meu pai já foi direto marcar uma consulta enquanto descansava sobre a cadeira, a minha cabeça faltava explodir de tanta dor, só sentia ela pulsar mais forte do que nunca, sem contar a imensa vontade de vomitar que era acompanhada pela dor horrível que sentia em toda parte do meu corpo.
E então já vejo anunciarem meu nome no som que havia ali, meu pai então me ajuda a levantar e praticamente me carrega até a sala que geralmente eram as consultas, era sempre a mesma médica que me consultava a toda vez que eu podia vir até o médico, já até me acostumei com ela e não consigo imaginar outra pessoa em seu lugar.
—Olá Luísa—a médica simpática diz.
—Bom dia Laura—tento dizer enquanto fico ofegante apenas de ter andado esse pequeno percurso.
—Bom agora você precisa me dizer exatamente o que você está a se sentir, pois assim que souber sobre os seus sintomas poderei saber melhor o que te afeta—ela diz toda formal enquanto escreve algo no seu computador.
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Sᴇᴍᴘʀᴇ Fᴏɪ Vᴏᴄᴇ̂ -Oʀᴜᴀᴍ
ФанфикQuando oruam decidi passar um tempo na casa de sua mãe no interior de São Paulo e o que ele menos imaginou acontece, conheceu uma nova garota que mudou seus pensamentos ou até mesmo seus sentimentos.