Capítulo 9

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Assim que chegamos lá já sinto o cheiro de natureza que invade as minhas narinas, pra chegar lá ainda teríamos que fazer uma trilha que era um pouco grande, garças ao meu esforço fui logo pegando o isopor menor que só tinha alguns sanduíches e salgadinhos que o oruam meteu aqui dentro.

-Vai levar mesmo a coisa mais leve?-Bia me questiona enquanto carrega as bolsas.

-Pode deixar que eu levo o isopor maior-o menino diz, como se eu fosse levar-nem tá tão pesado assim, eu nem vou fuder a porra da minha coluna inteira e depois viver deitado pois não darei conta de andar pois estarei parecendo um corcunda, que nem no filme do cara feio de Notre dame.

Meu Deus como esse tem um drama enorme em.

-E você prefere que eu leve isso e acabe sei lá, me machucando?-pergunto.

-Ah isso não, eu levo tá super leve-ele sorri e que menino descarado.

Então começamos a caminhar em direção ao cachoeira que já está a lotada de gente, com o som alto e tinha uma porção de gente na beira e também já dentro da água, achamos um lugar vago que não havia ninguém e já arrumamos as coisas, coloquei um pano no chão que oruam trouxe da casa dele para podermos deitar ou sentar sem ter que encostar no mato.

-Que calor do karalho mermão, não imaginei que teria tanta gente assim como esta aqui-oruam diz e já vai tirando a blusa e até me esqueci o que falaria com ele daquele jeito me encarando, meu olhar estava divido e não sabia para o que olhar.

Ou era seu corpo ou seu rosto que tentava entender o que eu estava sentindo e eu sei disso, esse são aqueles típicas coisas que eles fazem. Testam a nossa dignidade para ver o que faremos e então esperam que nós mesma tenham algum tipo de reação, se pudesse poderia ignorar a existência de todos que estão envolta e me envolver nos seus lábios que parecem me chamar, mas prefiro continuar na minha pois não sei o que meu pai faria comigo se soubesse disso. O problema em si não era o meu pai, era apenas o fato do que ele faria pois ainda tenho traumas do meu ex namorado.

-Que sede -digo pegando um suco dentro do isopor.

-Olha a Maya já está vindo, cuidado aí e sempre faça algo que eu com toda certeza do mundo faria-ela é louca, se eu fizer um quinto do que é faz eu seria a mais falada da cidade, o lugar é pequeno porém brota gente do chão para falar da vida alheia.

-Vou pra água, cuida das coisas aí-o garoto diz e sai correndo, parece uma criança mesmo.

Agora eu estou oficialmente sozinha então já decido pegar um bronze daí ninguém me perturba, passo protetor solar e tiro a blusa e o cropped estando apenas com o biquíni preto. E fico ali aproveitando o sol que estava, e a única questão que vai ficar é ou vai ficar bonito ou eu vou ter uma insolação e ficar como um camarão. O contato da água com a minha pele me faz abrir o olho imediatamente, e vejo ele me encarando enquanto ainda me molha.

-Com licença você está me molhando -digo e o garoto parece não se importar pois continua a me encarar.

-Preciso da sua ajuda-começa-esqueci um negocio lá no carro mais a minha mão tá molhada para abrir o carro.

-O que você esqueceu lá dentro?

-Só vai ver se for-ele diz.

Me levanto e pego meus shorts e nem me importo de colocar uma blusa pois irei tirar mais tarde e então ele me dá a chave, meu sonho de consumo é ter o carro que ele conduz pois realmente aquele carro era uma beldade. E então fomos atrás do carro andando pela aquele trilha que parecia mais rápido sair dela do que entrar pois logo chegamos aonde ele deixou o carro.

-Sabe abrir um carro né?-ele pergunta debochando.

-Quem não sabe abrir um carro?-isso era tão óbvio, era oq eu achava até quebrar a cara quando o carro não abre.

Sᴇᴍᴘʀᴇ Fᴏɪ Vᴏᴄᴇ̂ -OʀᴜᴀᴍOnde histórias criam vida. Descubra agora