Capítulo 20

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Sou tocada de leve me fazendo acordar, eu talvez esteja tendo o melhor sonho da minha vida e fui interrompida. Abro os olhos e vejo o sujeito com um sorriso enorme no rosto.

—Eu vou te arregaçar—digo me virando para o outro lado.

—Já é duas da tarde, tá dormindo pra caralho—ele reclama enquanto ainda tenta me virar—Tava pensando em irmos para a praia.

Assim que escuto a palavra praia já sinto a energia me invadir, realmente vim aqui para me divertir e não para ficar dormindo por mais que eu queira demais.

—Já vou colocar meu biquíni—digo já me levantando da cama e indo ver as opções que tinha.

—Calma ae, agora não dá pois preciso ir arrumar alguns problemas e tals então só poderei ir com você de noite—ele me acorda para me fazer de idiota mesmo.

—Eu poderia estar dormindo então—volto já irritada.

—Vai que você acorda e acha que eu sumi, não ficaria preocupada Luísa?—começou o drama.

—Ficaria sim, eu tô com fome—já mudo de assunto logo pois a minha barriga necessita de algo.

—Fiz a comida pra nós pô—ele diz todo fofo.

—Então vamos comer—puxo o menino atrás de comida.

Então descemos e já sinto o cheiro bom de algo comestível. Me aproximo do fogão e já vejo que era: arroz, strogonoff e batata palha. A minha barriga desde já agradece por uma comida boa, só falta experimentar para ver se o gosto deve ser bom o quanto é lindo. E então sem nenhum aviso prévio ele me inclina e me deixa sentada na bancada que não havia nada.

—Agora que eu tô me comportando, fiz até comida pá nois. Eu não mereço nada? —diz enquanto sinto seus lábios no meu pescoço e suas mãos apertarem a minha cintura.

—Não, eu tô com fome agora—digo afastando o menino que faz uma cara horrível.

—Eca vocês dois, sexo na cozinha?—vejo o amigo de oruam entrar na cozinha e imediatamente saio de cima da bancada.

—Tem casa não?—Mauro pergunta visivelmente irritado.

—O que? Antes você não reclamava quando eu aparecia por aqui—faz pose como se sentisse ofendido—Tá vendo Ana Luísa, você está mudando o meu amigo. E essa comida aqui? Você mal fritava um ovo para mim Mauro. Achei que você vivia de água e alface que eram as únicas coisas que tinham na sua geladeira, sem contar naquele quarto que era um cabaré e me deparo com a cama arrumada, suas roupas estão tudo em ordem seu merdinha.

Talvez isso tenho sido um desabafo muito grande.

—Calma ae, tem oruam pra todo mundo—o outro se gaba e foi inevitável não rir.

—Deixa eu comer pois isso é inédito—o Chefin já pega um prato e coloca a sua comida.

—A Duda aparece por aqui hoje? —pergunto.

—Estou de castigo caraí, ela não tá nem falando comigo—ele diz e eu e oruam caímos na gargalhada—fica rindo seus otários.

—Como que você diz que não quer ir para a casa da mãe da menina? Eu sei que você quer muito ver a final da libertadores porém ela quer se sentir amada, e do jeito que você fez ontem pareceu que ela estava te obrigando a comparecer, não que você quer ir—dou conselhos pois acho que talvez consigo colocar juízo na cabeça desse menino.

—Minha namorada e psicóloga—quase engasgo com o arroz assim que escuto isso.

E então sinto o tapão nas minhas costas que faltava sair todos os meus órgãos pela boca, nem precisava de tudo isso.

Sᴇᴍᴘʀᴇ Fᴏɪ Vᴏᴄᴇ̂ -OʀᴜᴀᴍOnde histórias criam vida. Descubra agora