Capítulo 18

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De volta aos tempos atuais

Realmente não sei o que fazer, desde que fui buscar ela na casa do veio barão ela ainda está sem dizer nada, acabei deixando ela em casa e estamos aqui, em um completo silêncio.

—Conversa comigo? Você quieta e estranho demais—digo enquanto ela estava na cama apoiando seu rosto nas mãos. E então sou respondido com um grande silêncio, não sei o que houve então não posso ajudar ela de nenhuma forma.

Então a única coisa que penso é em abraçar ela, esse silêncio iria durar pouco, essa mina fala pra caralho como que agora ela tá querendo ficar calada?

—Agora seria uma boa hora para irmos pro rio, descansar um pouco tá ligado?

—Eu só quero ir embora daqui—finamente essa garota diz alguma coisa.

—Então vamos arrumar tuas coisas pô—e então ela reage e pega uma mochila colocando suas coisas, eu ajudo pois isso era tudo o que eu queria.

E lá estávamos nós, despedindo de todo mundo para podermos finamente partir. Bagulho louco esse, nunca senti nada do tipo por alguém o quanto eu sinto por ela, a mina faz com que eu pense nela durante todo o dia e ainda de quebra nos sonhos.

—Eu quero que prometa que vai se cuidar—escuto a dona Márcia dizer.

—Tá achando que eu tenho quantos anos coroa?

—Me respeita se não eu te meto um tapa—como sempre bem calma.

—Bom precisamos ir, assim que chegar te aviso—digo enquanto coloco as malas no carro. Eu não entendi legal o tanto de gente que apareceu para se despedir da Ana Luísa, até o Nicolas que trocou umas três palavras com ela apareceu, não tenha nada haver com esse moleque porém isso tá esquisito pra caralho.

—Vamos? Está na hora de pegar rumo já—enconsto o rosto no seu ombro enquanto seguro sua cintura por trás.

—Já está muito tarde mesmo, tchau Nicolas—vejo o semblante do cara mudar assim que me vê, esse projeto de homem não me engana não—Tchau pai, eu te amo e se acontecer algo me liga imediatamente.

Ela realmente estava mal, deixar o pai para ir em outro estado era foda, o pai é a única coisa no qual ela se importa na vida e isso deve ser muito doloroso.

—Pode deixar filhota, vou ficar com a Maria nesse tempo. Coisa bem da minha filha Mauro.

—Teu pedido e uma ordem sogrão, é nois—dou um aperto de mão e já partimos.

Estavamos já na br e logo estaríamos na minha casa, eram apenas algumas horas daqui para o rio dependendo da velocidade que o carro anda. E lá estava ela quieta apenas olhando para a paisagem através da janela.

—Fico imaginando como seja a sua casa—finamente essa garota vai voltar ao normal pô.

—Tá pensando que eu moro em uma caverna?

—Não sei, você é meio estranho dos pensamentos—agora ela ofendeu a minha pessoa.

—Bom você já está melhor?—talvez eu esteja entrando no seu espaço privado porém só quero saber como ajudar.

—Eu estou bem, já passei por coisa pior. Não vamos pensar nisso né? Estou com fome—agora fudeu, acabamos de sair de casa.

—Puta que pariu, aonde eu vou arrumar comida?

—Olha aquele posto de gasolina ali—ela aponta no posto que cada vez parecia mais perto.

—Quer comer gasolina? —faço piada e vejo ela revirar os olhos.

O que eu não faço por ela, paro para abastecer o que nem precisava e já comprei comida para a outra comilona, realmente eu nunca vi alguém comer sorvete as duas da manhã porém quem sou eu para julgar.

—Satisfeita? —entro no carro novamente.

—Calma—ela se aproxima e inicia um beijo que talvez esteja se tornando algo mais quente do que deveria, se isso realmente for acontecer não quero que seja em um carro.

—Precisamos ir—digo assim que me separo de seus lábios.

Coisa difícil do caralho porém é necessário um auto controle do cacete para isso. Talvez eu só queira o melhor para ela, principalmente nesse momento em que ela deve estar se sentindo mal.

—Posso colocar uma música?—vejo a menina se animar assim que liga o aparelho de som.

—Adianta dizer não? Já está fuçando mesmo. 

—Vou colocar um João Gomes aqui—tenho traumas com esse aí, c loko só sofrencia—esse digo ou não digo e muito bom.

E então a música começa a soar sobre o carro e a menina cantarolar até não aguentar mais.

—Baby, eu só te amei até o último segundo, e você me deu o pior amor do mundo—até que a voz da mina era bonitinha.

—Tem música melhor não?

—Coloca uma aí então

Procuro por uma música boa e bem educativa, se eu meter logo uma putaria a garota vai né fazer dar meia volta no carro para voltar pra casa. E então já coloco logo "Assault carro forte" música daorinha.

—Todos meus mano portando fuzil, todos meus mano portando uma glock. Meta dos crias para a Brasil e explodir a porra do carro forte—vejo ela me encarar e já até sei o que a mina vai dizer.

—Essa voz parece com a sua, não acha?—já vi gente lerda e essa ultrapassa o limite, também veio do mato.

—Eu canto isso daí—e então ela abre um sorriso enorme.

—Não acredito que você é cantor.

—Você ainda vai saber de muita coisa quando chegarmos no rio, qual é? Achou que eu fosse um vagabundos foi?

—Eu não, pensei que fosse aqueles consultores da Oi, que vem na casa da gente para ficar fazendo promoções mesmo sabendo que não vamos querer.

—Continua me humilhando aí.
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Capítulo pequeno apenas para ter algo no meio da viagem pois no próximo capítulo já estavam oficialmente no rio.

Sᴇᴍᴘʀᴇ Fᴏɪ Vᴏᴄᴇ̂ -OʀᴜᴀᴍOnde histórias criam vida. Descubra agora