Mitsuya
Nunca achei que uma moto chamaria tanta atenção.
Acho que o fato de eu ser um novato, é o que, realmente, chama atenção.
Estaciono a moto. Tiro o capacete. Verifico meu penteado e então desço da moto.
Vários olhares estão voltados para mim. Principalmente, olhares de garotas.
Acho que alguns brincos, piercings e tatuagens fazem sucesso com as garotas de Londres, porque, duas estão vindo até mim.
- Olá! - Elas falam em uníssono.
- Oi. - Respondo.
- Ficamos responsável em te mostrar a escola. - Uma delas me informa.
- Então vamos, garotinhas.
- Aposto que tem a mesma idade que a nossa. - Diz uma.
- Então porque nos chamar de "garotinhas"? - Completa a outra.
- Vão ter que parar com isso. - Sorrio, irônico.
- Com o quê? - Ambas perguntam. Em uníssono.
- Com isso. - Passo por elas.
- Seu piercing na sombrancelha é muito irado. - Diz uma, agarrando o meu braço e ficando perto demais.
- Não. Não me diga. Eu tenho um piercing? - A afasto.
- Está sendo sarcástico?
- Estou?
- Acho que sim. - Diz uma.
- É. Achamos que sim. - Fala a outra.
Começou a ser irritante demais.
- Vamos fazer assim, garotinhas. - Paro de andar e ponho as duas lado a lado. Na minha frente. - Você fica com o meu piercing irado. - Retiro-o e dou a ela. - E você. - Me refiro a outra. - Fica com a minha linda jaqueta de couro. - Tiro-a e entrego a ela. - Vocês andam com minhas coisas pela escola e fingem que sou eu, ok?
- Você é louco? - Fala me devolvendo a jaqueta.
- Muito. - Sorrio e ponho a jaqueta de volta.
- Vou ficar com o piercing, se não se importar.
Assinto. E logo elas vão embora.
...
Caímos na mesma sala.
Coincidência ou meu pai?
Grande dúvida.
A vejo revirar os olhos ao me ver entrar. Acho que ela nem faz mais questão de disfarçar.
Antes que possa procurar uma carteira para me sentar, a professora segura-me.
- Pessoal, este é o novo aluno desta classe. Levantem-se e deem as boas-vindas.
Todos se levantam juntos e falam em coro:
- Será um prazer tê-lo conosco nesse ano eletivo. Seja bem-vindo.
Sinto uma pequena vontade de rir, que é reprimida assim que a professora fala comigo.
- Eu sou Joyce. Professora de história. Sente-se ao lado da garota de fones... Como é mesmo o nome dela? Bom, S/n. Sente-se lá.
Novamente: coincidência ou meu pai?
Bom, acho que não é coincidência.
A minha esquerda está ela e a minha direita tem um surfista que me encara como se eu tivesse batido na sua mãe.
Depois de algumas horas, toca o sinal e todos saem o mais rápido da tortuosa aula de história.
Todos estão na cantina. Pego algo para comer e olho ao redor, procurando o lugar ideal para sentar.
Acho que encontrei.
O garoto que me encarou a aula inteira está comendo com ela. Entendi o motivo da sua cara feia.
- Oi, garota do bar. - Sento-me a sua frente.
Ela me olha, mas não responde.
- O nome dela é... - Antes que seu amigo complete a frase, ela tampa sua boca.
- S/n. - Ela me olha, fingindo não estar surpresa. - Sua irmã disse seu nome quando invadirmos seu quarto ontem a noite.
- Olha aqui...
- Está falando sozinho, Breno? - Ela puxa seu rosto, fazendo o garoto olhar para ela.
- Mas...
- Não vejo ninguém aqui. - Ela olha ao redor e finge não me ver. - Só tem nós dois aqui. Você está ficando louco? Aposto que é culpa da Kessie.
Eu sorrio, incrédulo.
Ela está mesmo fazendo isso?
É sério?
Quantos anos ela tem? cinco?
Respiro fundo e então saio de sua mesa.
...
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BADBOY?
FanfictionJaqueta de couro preta. Sarcasmo. Moreno alto. Cigarro entre os dedos. Tatuagens. Uma bela moto e... Uma mentira? Todas as características de badboy que você já conhece em nosso lindo Mitsuya. Ou não.