Mitsuya
Estou levando uma bebida para ela.
Para nós dois.
Ela ainda está na pista, dançando. Sozinha.
Sua energia é incrivel. Mas ela me confunde. Numa hora me odeia. Na outra, ela soporta a minha presença.
Damos um passo para frente e então, ela recua novamente. E eu a sigo. Esperando o seu tempo.
- Olha aqui. - Entrego sua bebida.
Ela segura no meu pescoço e me puxa para baixo.
As pessoas nos olham como se fôssemos os mais esquisitos da festa. Talvez sejamos.
- Está querendo me deixar bêbada? - Ela fala perto do meu ouvido.
Está muito barulho. Sempre que nos comunicamos, precisamos gritar.
- Você quem me pediu para buscar outra. - Falo próximo ao seu ouvido.
Ela ri. E derruba toda a bebida em mim.
Assim que me preparo para questioná-la, ela passa a lingua no meu rosto, lambendo a bebida que escorria pelo lado direito da minha bochecha.
- Acho que já está um pouco bêbada. - Comento, a afastando, porque ela queria lamber o outro lado do meu rosto.
- Você é muito chato. - Ela para de dançar. Dobra os braços e faz biquinho.- Não está substituindo o Breno. Só enchendo o meu saco.
Quando uma garota começa a agir como uma criança é um belo sinal de que está bêbada.
O surreal é que foram apenas cinco copos.
Não sei se o certo a se fazer é levá-la para casa ou dar o que ela quer. Diversão.
E, talvez, ela nem lembre do que eu fiz no outro dia.
Mas ela tem razão. Não fiz nada no estilo do seu amigo surfista. E é para isso que estou aqui. Para substitui-lo.
Talvez isso seja um pouco deplorável.
- Quer mesmo ficar aqui? - Pergunto a ela.
- Para onde quer me levar?
- Confia em mim?
- Nem um pouco. - Ela se vira e volta a dançar.
Me aproximo dela. De sua fantasia, na verdade e tento achar o flash. Mas as pessoas não param de dançar. As luzes piscam. Ela não para de dançar.
Começo a ficar irritado. Acho que, desesperado é a palavra certa.
- Caralho, quer tirar sua roupa, por favor? - Peço, em desespero.
E só percebo depois que as palavras saíram de minha boca.
Ela fica me olhando confusa, então a tiro do meio da pista de dança.
Ela vem murmurando dois mil motivos pelo qual ainda tem que dançar.
- Eu queria dançar. - Ela me olha como um adulto desprezível.
- Mas você vai dançar, meu bem. - Tiro a fantasia de torradeira. - Só vamos fazer algo antes.
- Ok. - Ela também tira a sua, sem questionar. - O que vamos fazer? Invadir a piscina do colégio?
- Você é um gênio até quando está bêbada.
...
- Podemos ser expulsos se nos pegarem aqui. - Ela diz, enquanto a carrega nas costas.
Invadimos a piscina. Nadamos juntos e então, ela inventou um desafio. Queria ver quem aguenta mais tempo debaixo da água. Quem perdesse, daria duas voltas pela piscina com o outro nas costas.
E é claro que eu não ia deixá-la me carregar.
- Então, não vamos deixar que nos peguem. - Olho para o seu rosto, deitado em meu ombro. - Precisava de você sóbria. Quero que se lembre desta noite.
E então, a desço das minhas costas.
- Já foi duas voltas, baby.
- Eu sei. - Ela suspira.
E o silêncio paira entre nós.
Percebo o quão lindo seu corpo é. E ela o esconde debaixo de tanto pano.
Ela não tem seios enormes, eles são proporcionais ao seu corpo, que é bem magro e ela não tem quadris largos ou uma bunda farta. Mas seu corpo encaixa-se perfeitamente nela mesma.
Percebo que não sou o único que estou reparando em seu corpo.
- Uau. - Ela quebra o silêncio. - Você tem gominhos...
Sorrio. Não esperava essa pergunta. Soou como uma pergunta, ao menos, mas acho que ela só estava concluindo isso consigo mesma.
- Eu gosto deles, badboy. - Ela passa o dedo indicador pelo meu abdômen.
Fico inerte ao seu toque.
A palma de sua mão pousa sobre meu peito.
Ela ergue a cabeça. Seu olhar está cravado ao meu e ela está tão perto que quero beijá-la. Mas sei que estragaria tudo se o fizesse.
- Bom, você me disse que eu ainda dançaria. - Ela se afasta.
- É... Ouvi dizer que o diretor tem um som em seu escritório.
...
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BADBOY?
FanfictionJaqueta de couro preta. Sarcasmo. Moreno alto. Cigarro entre os dedos. Tatuagens. Uma bela moto e... Uma mentira? Todas as características de badboy que você já conhece em nosso lindo Mitsuya. Ou não.