Desconhecido

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Já fazem mais de 6 meses que estou trabalhando com Bem e com Filó, já tenho algum dinheiro guardado, estou indo uma vez por mês com Bem fazer algumas entregas, já fomos até no reino de Vatten, estou buscando por alguém que me conheça. Talvez eu tenha familiares, ou amigos, quem sabe. Mas estou tendo sempre cautela, por que tenho medo, afinal, não sei por que fui parar naquela situação.

Hoje cedo Bem foi fazer alguma entregas no reino Vatten, mas foi sozinho, tenho um pedido grande para entregar na vila, e achamos melhor que eu ficasse produzindo.

Fui até a floresta para tirar cascas de canela, folhas de eucalipto, folhas de pinheiro, cogumelos, algumas raízes de plantas, também frutas e outras plantas diversas. Já sabia onde ficavam na floresta.

Ouvi som de luta, fiquei imóvel, com medo, e angustiada, fiquei ouvindo por um tempo, alguém pediu por ajuda, era a voz de um homem, ele gritava por socorro, me aproximei um pouco, com cautela, percebi que um homem estava sendo atacado, ele estava desarmado, estava apenas com um escudo se defendendo dos golpes dos homens, eram 6 homens, lembrei imediatamente de Bem e da história que contou que foi atacado por 6 homens para o roubar.

Vi que haviam duas espadas no chão, mas que o homem não conseguiria alcança-las sozinho, por instinto ou maluquice, ainda não sei, pulei e peguei as duas espada, e corri até o homem que estava sendo atacado, lhe joguei uma das espadas e comecei a lutar contra os homens que estavam atacando ele, como se as espadas fossem parte de minha alma, comecei a lançar golpes, me defendia, atacava, com um instinto e uma habilidade incrível, o homem que estava sendo atacado me olhava, e também lutava, nós não tínhamos muitas opções, ou matávamos ou morríamos, pois mesmo eles estando feridos, continuavam a nos atacar, então os matamos, todos eles.

Fui até o homem que estava ferido, ele estava sangrando muito, o coloquei sobre um cavalo branco que estava próximo, e então o levei para minha cabana, lhe lavei os ferimentos, coloquei minhas misturas de ervas medicinais, e enfaixei seus cortes mais profundos, alguns tive que dar pontos. O deixei na minha cama e fui tomar banho na cachoeira, sabia que ele não poderia ir longe e não se levantaria hoje. Fui me banhar, estava toda suja de terra, sangue e mato, estava imunda.

Voltei para a cabana e ele estava igual eu o havia deixado, então preparei o jantar, e quando acabei, fui para acordá-lo.

- Hei, por favor, acorde, acorde homem! - Ele então abriu os olhos e ficou me olhando admirado.

- Sente-se, tome o chá, te ajudará em sua recuperação. Coma sua sopa, você precisa para retomar suas forças e voltar para sua casa. - Falei deixando uma bandeja improvisada sobre seu colo na cama.

- Onde estou, que lugar é esse? Quem é você? - O homem perguntou, ele tinha uma voz máscula e bonita.

- Estamos na floresta, em minha cabana, eu sou Mali. E você, qual seu nome?

- Eu sou Sebastian, você não sabe mesmo quem sou? - Ele perguntou admirado.

- Não, e por deveria saber? Moro em uma floresta, porque saberia quem é você, só sei que estava em perigo, estavam te matando. Aliás, por que estavam com tanta raiva de ti?

- Eram traidores, nunca pensei que seria salvo por uma mulher, que humilhação! Devo minha vida a uma mulher! - Ele falou tomando a sopa, fiquei com raiva, pelo fato dele ter falado como se eu não significasse nada.

O deixei ali comendo e fui arrumar uma cama no chão, atrás de uma pequena parede, coloquei um tecido, servindo como cortina para que ele não me visse, coloquei uma adaga, que Filó me deu, embaixo de meu travesseiro, caso precisasse, pois não conhecia o petulante.

Mali, a criada!Onde histórias criam vida. Descubra agora