Memórias

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Como de costume, deixei uma adaga em baixo de meu travesseiro, me ajeitei na cama improvisada e tive comecei a ter uma forte dor de cabeça e flashes de memória. Eu me via atirando flechas em um tipo de guerra, as flechas estavam em chamas, mas não me queimavam, era como se não sentisse o fogo, estava atirando as flechas em outros soldados vestidos de preto, então as flechas acabaram e eu saquei uma espada da bainha que estava presa as minhas costas, comecei a lutar com tal destreza que fiquei impressionada comigo mesma ali lutando, era como se eu fizesse parte daquele lugar, haviam soldados seguindo minhas ordens, eles seguiam e faziam o que eu mandava, não sei o que eu era, não conseguia ver os rostos, eram como borrões seus rostos, eram muitos soldados inimigos, mas lutamos e os derrotamos, e então toquei uma corneta longa e brilhante, parecia de ouro, era linda.

- Mali, Mali, acorde, você está bem? Mali, o que houve? – Sebastian gritava comigo assustado.

- Eu tive uma lembrança.

- O que lembrou Mali, sabe quem é? – Sebastian sentou no chão onde minha cama estava.

- Eu não sei ainda, mas acho que era algum tipo de tenente ou oficial. Estava atirando flechas em soldados inimigos, então as flechas acabaram e saquei a espada e comecei a lutar e a matar os inimigos, eles estavam vestidos de preto, os soldados que lutavam ao meu lado estavam obedecendo as minhas ordens e me acompanhavam, era um tipo de guerra, houve muito sangue, acho que não perdi nenhum soldado dos meus, e derrotamos os soldados inimigos, ao final eu toquei uma corneta, ela era dourada parecia com ouro, toquei alto e um tipo de som como se fosse comunicando a vitória. – Respirei fundo e percebi que estava sentada na cama. – Porque me acordou? O que eu estava fazendo?

- Eu vi seu reflexo pela cortina, vi que estava sentada e vim dar boa noite, então vi seus olhos, estavam brancos como se estivessem vazios, você estava com um semblante de dor e sofrimento, tive medo que estivesse passando mal. Você me assustou sua peste. – Ele falou desarrumando meus cabelos com a mão, como fazem em crianças arteiras.

- Se não se importar, poderia pegar agua para mim por favor? Eu não estou conseguindo me levantar, estou com tontura e dor de cabeça, acho que forcei de mais minha mente. – Falei sentindo minhas mãos tremerem.

Ele correu pegar agua para mim e me deu, até segurou o copo para mim.

- Você conseguiu identificar alguém pelo nome ou pelo rosto? Qualquer coisa que ajude a saber quem você era? Além de ser algum oficial? De qual reino será que você era?

- Eu não pude ver os rostos, eram todos borrões, ouvi muitas vozes, sei que eram conhecidas, mas não sei nomes. É frustrante tudo isso, pois eu parecia ser amada por aqueles soldados que me seguiam, assim que toquei a corneta, todos se ajoelharam e reverenciaram o sol, foi muito bonito. O seu pai quem sabe, consiga desvendar quem são os reverenciadores do sol.

Minha perna, na coxa, começou a arder como a minha barriga no dia que apareceu a marca da fênix, sem notar empurrei os lençóis e ergui o vestido onde estava queimando, mais uma marca está aparecendo, é a marca de uma rosa com uma fênix saindo da rosa, Sebastian ficou me olhando assustado.

Minha perna, na coxa, começou a arder como a minha barriga no dia que apareceu a marca da fênix, sem notar empurrei os lençóis e ergui o vestido onde estava queimando, mais uma marca está aparecendo, é a marca de uma rosa com uma fênix saindo da r...

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Mali, a criada!Onde histórias criam vida. Descubra agora