De volta para casa

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Fui me despedir de Augusto e deixei uma carta para Sebastian, que dizia:

" Caro Sebastian,

Consegui encontrar uma pessoa do meu passado, ele sabe quem sou e de onde venho, irei retornar para encontrar meu pai. Agradeço tudo o que fez por mim, por sua amizade e bondade.

Se comporte, obedeça seu pai, case-se com a princesa e seja feliz, seja um rei respeitável, generoso e bondoso para com seu povo, termine nossos projetos e faça do seu reino um reino prospero e feliz.

Espero lhe reencontrar algum dia.

Te desejo toda felicidade deste mundo.

Com carinho,

Mali."

Entreguei a carta e fui me despedir de Francisca, de Barbara, de todos meus novos amigos do palácio e partimos.

Gui é uma ótima companhia de viajem, ele é alegre, me contou bastante sobre meu passado, inclusive sobre algumas cicatrizes que tenho espalhadas pelo corpo.

- E sobre essas marcas que tenho nas costas, no abdômen e na perna? Sabe o que significam?

- Você tem mais marcas? Tipo as do rei Julius? Apesar que seu pai só tem nas costas, no abdômen e na perna ele não tem.

- Como assim, tenho marcas igual as do rei? Não entendi Gui.

- Claro que tem a marca, você é a princesa, claro que possui a marca de predestinação do domínio, como sua mãe era dominadora da terra e seu pai do fogo, você herdou os dois elementos deles. – Gui falou calmamente.

- Como é que é? Eu sou uma princesa? Ou melhor, eu sou a princesa de Ignis? Sério mesmo isso? – Falei em choque.

- Claro que é, esqueci que você estava sem memória. Você é a Rosalie Alyssa de Ignis, a princesa mais poderosa, inteligente e sábia que já se ouviu falar. Todos os reinos e povos temem seu poder e sua astúcia. – Gui falou quase que emocionado.

- Eu hein! Sei não se sou tudo isso ai! Até agora pouco era somente uma criada. – Falei rindo.

Fomos conversando, o resto do caminho, demoramos cerca de três dias para chegar, quando vi o palácio, fiquei admirada, era uma beleza extraordinária, tudo era lindo e perfeito. Gui me fez colocar uma capa, e esconder meu rosto, e disse que depois explicaria, quando encontrássemos com o rei.

Entramos por uma espécie de entrada secreta e ele me levou até o andar de cima, entramos em um dos quartos, era gigante e lindo, maravilhosamente lindo.

- Quem está ai? Guilherme, é você, tem noticias da Rosa? Por favor me diga! Sabe alguma coisa dela? Ela está viva? Me diga! – Aquela voz me era muito familiar.

- Olá! Perdoe termos entrado sem bater. – Falei e o homem veio correndo em minha direção e me arrancou o capuz da cabeça e começou a chorar.

- Rosalie, por onde esteve? Você estava me matando de preocupação! – Falou e me abraçou chorando e quase me esmagando com seu abraço.

Fiquei paralisada, não consegui retribuir o abraço.

- O que ela tem, porque está assim? Está machucada? Ferida? – O homem perguntou preocupado.

- Ela perdeu a memória, Vossa Majestade. E também está ferida. – Gui lhe respondeu.

- Você se lembra de mim minha pequena? Está ferida aonde, me diga. – Perguntou aflito

- Me desculpe, não lembro, sei que conheço sua voz, mas não lembro de seu rosto.

- Pela deusa, o que fizeram com você minha criança. Onde está ferida? – falou preocupado.

Mali, a criada!Onde histórias criam vida. Descubra agora