Mali, a criada!

Novos amigos

Gui trancou a porta do quarto de Julius e então lavamos as mãos e fomos comer, Gui não queria sentar conosco mas insisti, afinal ele é meu amigo e foi ele quem me encontrou. Comemos e depois conversamos sobre investigar o tal Maximus, por incrível que pareça, Julius aceitou e disse que Maximus anda muito estranho e a vários meses não tem aparecido. A conversa foi se estendendo até que chegamos nos meus poderes.

- Julius, pai, eu não acredito que consigo fazer tudo o que Gui falou, senão eu teria percebido ou ao menos teria feito alguma coisa, mas durante todo este tempo nunca fiz absolutamente nada.

- Venha, vou te ensinar, assim como lhe ensinei quando você era criança, apesar de você ser mais poderosa do que eu, mas isso com o tempo você irá desenvolver. Segure na minha mão e sinta como eu faço, você tem o dom de ler a mente se tocar nas pessoas, então fica mais fácil. – Julius falou e continuei sem acreditar.

Segurei sua mão e então me concentrei, limpei os pensamentos, e respirei fundo, comecei a sentir as vibrações vindas dele, era incrível, sentir todo o poder que ele tem, era como se uma brasa ascendesse em meu peito, sem mais nem menos comecei a sentir o que ele sentia, era como se conseguisse sentir até o ar que ele respirava, estava eufórica mas me controlei, me acalmei e respirei fundo novamente, então ele fez fogo com a mão, fez um gatinho com a chama e então tentei criar a chama, a princípio não consegui, mas ele me pediu para concentrar todas minhas emoções e todos os meus sentimentos e sentisse como se eu fosse o próprio fogo, senti suas vibrações e fiz assim como ele fez e falou, e deu certo, mas não fiz um gatinho e sim um leopardo, lindo e flamejante, começou a queimar as coisas no quarto e então fiquei apavorada, Julius e Gui riram e então Julius me ensinou a controlar e me mandou tocar no leopardo, quando toquei no animal flamejante, olhei em seus olhos e acariciei sua cabeça, então ele se tornou um animal de verdade, um lindo leopardo de pele, carne e ossos, fiquei maravilhada, o leopardo fez reverencia para mim e me cumprimentou, sim, ele falou comigo.

- Vossa Alteza, sou seu servo e amigo, estarei sempre ao seu dispor! – Falou fazendo reverencia.

- Qual o seu nome – Pedi com o sorriso de orelha a orelha.

- Como foi Vossa Alteza quem me criou, fica a sua escolha, me dar um nome. – O leopardo falou comigo novamente e eu o abracei, como se ele fosse um gatinho doméstico.

- Seu nome será Julinho em homenagem ao meu pai que me ajudou a cria-lo. E sempre que eu te ver, irei lembrar do quanto me senti feliz e completa, quando o criei.

- Como será o nome do bichano? – Gui perguntou.

- Você não consegue ouvi-lo? Seu nome será Julinho em homenagem ao meu pai que me ajudou a cria-lo.

- Não, jovem mestre, só você consegue entende-lo. Ele não parece muito com Julinho, parece mais com Julião. – Gui falou rindo e rimos com ele.

O soltamos e ele seguiu para a floresta sem que ninguém o visse.

- Eu tive uma ideia para sabermos se o Maximus é o traidor, e se eu conseguisse criar uma águia ou pomba, para espionar ele, ou talvez uma borboleta ou algo do tipo. Será que ele iria perceber que está sendo espionado?

- Na verdade não Rosalie, essa é uma excelente ideia, agora vamos pensar, qual iria despertar menos a atenção? Águia é pouco comum no Earth, então águia não, talvez pomba, pois tem muitas lá, uma verdadeira infestação, vamos fazer uma pomba, que seja bem comum e imperceptível aos olhos de Maximus, e depois poderemos vê-lo e ouvi-lo através da pomba. Borboleta não pois ele sempre odiou borboletas e irá esmaga-la na primeira oportunidade. – Julius falou pensativo.

- Vamos fazer uma pomba para ir vigiar Maximus e uma águia para ver as invasões do reino de Vatten, para sabermos se os bárbaros foram contidos ou se o reino Vatten irá precisar de ajuda.