Mali, a criada!

Implantando ideias

Entramos no lugar e era bem grande e até que era limpo e organizado. Uma moça veio para ver o que queríamos.

- Queremos comer e beber, quero carne e vinho, traga para nós dois. – Sebastian falou e antes que a mocinha saísse falei.

- Não, eu não como carne e nem tomo vinho, por favor traga pão, ensopado, frutas se tiver e agua ou suco por gentileza. – Falei e a moça saiu.

- Você não come carne? Nem bebe vinho? Que prazeres tem na vida então? – Falou me olhando estranho.

- Eu não consigo comer carne, não consigo se quer colocar na boca que vomito, vinho até acho que tomaria, mas acredito que minha cabeça fica mais lucida e pensa melhor sem tal bebida, inclusive sei fazer vinho branco, vinho rose e vinho tinto, tanto suave quanto seco. Não me pergunte como, mas sei! Por falar nisso, é isso que planejo fazer onde era a horta do castelo, iremos produzir uvas, e vinhos, tudo de excelente qualidade e não estes que está acostumado a tomar, percebi que tem um cheiro ferroso e ácido, não devem ser bons.

- Achei que iria produzir ervas para chás, em algum momento lembro que você falou isso. – Sebastian me questionou.

- Sim, iremos também, estou pesquisando sobre a produção de algumas ervas, poderemos empregar várias pessoas, iremos fazer uma fábrica de vinho e uma fábrica de chás. Iremos vender para o reino e depois ampliaremos as vendas e iremos vender para outros reinos também.

- O que você quer ir falar lá com a tal Filó? – Sebastian perguntou.

- Quero que ela aumente a produção dela. Irei dar algumas ideias a ela e a Bem.

- O que queria me mostrar na casa da Firmina? – Sebastian lembrou.

- Lá poderemos fazer uma padaria, você viu que o senhor Manuel tem uma pequena padaria? Se ele mudar para lá onde Firmina mora, ele poderá deixar a parte de baixo da casa para a produção de pães e demais produtos e a parte de cima poderá montar a padaria para atender os clientes e atrás poderá morar com sua família. Ali ele terá espaço para montar uma padaria grande o suficiente para atender tanto ao palácio quanto ao restante do povo.

- E onde ele mora? – Sebastian olhou pela janela para a pequena padaria.

- Lá poderá ser o barbeiro e cabelereiro da vila, percebi que não tem aqui. Também estou com planos de incentivar a plantação de algodão e também a criação do bicho da seda, para que possamos começar a produzir tecido. Poderemos abrir uma fábrica de tecidos, para isso teremos que escolher uma família que esteja disposta em apostar em algo novo.

- E qual família, você já tem alguma ideia? – Sebastian falou olhando para fora e para as pessoas.

- Estou analisando. Você tem alguma sugestão?

- Acho que sim e fica a caminho da vila Syreni. Tinha uma mulher que trabalhava no palácio e era tipo minha babá. Claro que quando eu era bem mais novo. – Ele falou envergonhado.

- Tudo bem então, vamos conversar com sua babá. – Falei rindo e debochando dele, não podia perder a oportunidade.

Seguimos viagem e chegamos até próximo a vila Syreni onde Filó mora.

- É ali naquela casa que Marieta mora, vamos Mali. – Sebastian falou e desceu do cavalo.

- Porque ela saiu do palácio?

- Ela casou e veio morar com o marido aqui. – Ele falou meio triste.

Entramos por uma espécie de porteira e então Sebastian chamou pela tal Marieta.

Uma menina saiu para nos receber, ela devia ter em torno dos 12 anos, magra e loura, seus olhos azuis eram radiantes.

- Vossa Alteza, minha mãe ficará muito feliz em ve-lo, por favor entrem, entrem, fiquem a vontade aqui na varanda, irei correr para chama-la. Com licença. – A menina falou e saiu correndo.