Capítulo dezenove.

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Todos se levantaram para receber o casal de governantes. O rei e a rainha andavam lado a lado cumprimentando seus súditos.

Quando passaram por Sukuna e eu prontamente nos curvamos para eles. Os olhos da rainha se encontraram com os meus e ela sorriu brilhante. Por um segundo me senti hipnotizada por sua beleza exuberante.

Sukuna estranhou aquilo e se inclinou no meu ouvido após a realeza ter passado por nós.

— Ela sorriu como se fossem grandes amigas. — Ele sussurrou com os olhos presos nas costas da rainha. — Você é íntima dela? — Balancei a cabeça.

— Satoru mencionou nas cartas que ela parecia gostar de mim por valorizar o tempo com a família. — Sussurrei de volta.

— Bem, acho que isso é bom para você. — Continuamos de pé.

— Por que acha isso? — Olhei para ele confusa.

— Já conquistou a futura sogra. — Mordi a língua para não soltar o palavrão de mais baixo calão que conhecia. Ele sorriu diabólico.

Estava pronta para repreendê-lo quando ouvi mais sons de trombeta.

— Acho que agora é a entrada do príncipe e das pretendentes. — Sukuna concordou e olhamos na direção das portas.

Satoru foi o primeiro a aparecer. Sua expressão esboçava tranquilidade. Um pequeno sorriso de canto cumprimentava a todos, principalmente as damas eufóricas. Ele seguiu o mesmo caminho que seus pais, passando por Sukuna e eu.

Ao me reconhecer pude ver os traços da sua mãe em seu sorriso brilhante, apenas levantei os cantos da boca e me curvei na sua direção.

Acompanhei o platinado com os olhos até uma grande mesa separada para a realeza. Levei minha atenção até as portas de novo, desta vez as princesas passavam pelas portas.

E foi a mesma baboseira da primeira vez, elas caminharam devagar para cumprimentarem o povo. Quase levantei as mãos para os céus para agradecer por terem finalmente chegado.

— É um prazer encontrar todos vocês novamente. — Todos estávamos de pé para o pronunciamento da rainha. — Um evento semanal como este muitas vezes não traz um bom número de convidados, mas hoje estou impressionada. — Ela sorriu. — Agora vamos cortar a falação e ir ao o que interessa. Espero que apreciem a comida. — Batemos palmas para seu pequeno discurso enquanto vários criados entravam com bandejas e mais bandejas.

Minha visão periférica viu uma pequena movimentação na mesa real e levei meus olhos para olhar naquela direção. A rainha cochichava no ouvido de um criado e quando encontrou meus olhos ela sorriu novamente. Me senti tímida e curvei a cabeça.

O criado começou a caminhar na nossa direção, o que atraiu a atenção do gêmeo mais velho.

— Meus senhores, a rainha requisitou a presença de vocês em sua mesa. — Olhei para o criado e depois para a rainha. Ela piscou na minha direção e cotovelou Satoru que olhou para ela confuso.

— Ah, claro. Estamos indo agora mesmo. — O criado acenou e deu as costas.

— Você está indo. — Neguei.

— Você vai também, não inventa história, Sukuna. — Me levantei e ele continuou no mesmo lugar. Botei um sorriso falso no rosto e segurei seu braço. — Vem, Sukuna. — Falei entredentes, ele bufou e se levantou para me acompanhar.

— Se arrependimento matasse. — Segurei o braço dele e caminhamos até a mesa.

Os olhos de todos da mesa estavam em nós, senti medo de tropeçar por conta da pressão.

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