11. CONTRAT

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#NOTE: Foi aqui que pediram capítulo longo?
Como nem tudo é flores, chegamos finalmente ao plot da fanfic.

son povs

Eu não tinha o direito de ter ciúmes, sabia disso. Nós tínhamos uma relação casual e Maya não era minha, de toda forma.

Mas por quê me incomoda tanto?

Você deixou isso no carro? — repetir as palavras dele soam como ácido em minha língua; queima, dói, destrói.

O que ela estava fazendo no carro dele?

E por que está tão molhada se estava no carro?

Son, eu...

Não precisa explicar.

Droga, é melhor que eu nem saiba o quê aconteceu enquanto estive fora pois se ela admitir que eles tiveram qualquer contato, ficarei destroçado.

E não posso me encher de rancor e sensações negativas prestes à um jogo do importante pro Tottenham, por quê pra piorar, Kane se lesionou no treino.

O elevador abre e por sorte, vazio.
Caminho para dentro da caixa metálica e tenho o esboço dela me seguindo.

Os cabelos loiros colados à testa.

— Não podemos ficar assim — sussurra, a voz por um fio quando me recorda da realidade. Não temos nada. Não somos nada. —  Eu vou embora em três dias, e..

Eu já sei, Maya — interrompo-a— Não precisa dizer o tempo inteiro que nós não temos um relacionamento e eu não tenho o direito de sentir nada, eu já sei.

Não queria ser ríspido com ela mas, porra, ela podia dizer cem vezes e ainda assim eu faria o mesmo, por quê já me envolvi e não havia como voltar atrás.

Ela fica calada pelo trajeto do cubículo metalizado até o quinto andar, provavelmente absorvendo a situação.

Sabia que ela tinha planos desde que a conheci, e se ela precisava segui-los, o quê eu poderia fazer? Ia doer mas eu ia me conformar, o problema é que, pensar em outro a tocando me causa sensações que não deveria;
Sei que vai acontecer quando ela retornar para sua vida livre e vivaz, mas, não consigo visualizar isso em minha cabeça.

Son?

Meu sobrenome em seus lábios era como uma comoção. Não deixe mais ninguém tocá-la, por favor.
Aperto a bolsa que tenho em mãos na busca de reprimir tais pensamentos, só que o material do plástico faz com que emita um ruído irritantes.

— Diga.

Me viro — a dor visível em meu rosto —, ela me estende os dois fones; recuo, encostando a cabeça no espelho pelo que se sucederia.

Espero que ela não esteja terminando o que ja não temos pois necessito prolongar isso por mais um tempo, mesmo que pouco.
No entanto, seu rosto suaviza.

— Quando ficar com raiva, pegue esses fones e me xingue no idioma que quiser — seus olhos chamuscam em uma junção de sentimentos, as escleras pontilhadas de vermelho como se quisesse chorar e as orbes dilatando como se... olhasse para aquilo que gosta? — Use uma língua que eu não entenda, expresse a raiva mas por favor, não me olhe assim de novo.

TURISTA | HEUNGMIN SON Onde histórias criam vida. Descubra agora