maya povs
Merda! Merda! Merda!
— Vou perguntar por uma última vez — a sonoridade, rouca e irritada, causa-me diversos calafrios — De quem foi?
O professor avalia minuciosamente cada canto do auditório buscando pelo telefone que tocou durante sua explicação.
A porra do MEU telefone — que jurava ter desligado antes de entrar na sala, mas estava cansada demais para verificar.
— Se é desta forma que os senhores desejam fazer, tudo bem — retorna à seu lugar e apoia o tablet na mesa com o resto dos pertences — Todos irão receber falta.
E um coro de murmúrios e lamentações preenche o ambiente, todos resmungando e alegando não ter culpa da dona do aparelho não ter lido o aviso, o quê faz-me afundar ainda mais na cadeira.
O alarme volta a ecoar, e desta vez, com a atenção de todos unicamente voltada à encontrarem a solução, sou descoberta.
— Senhorita Laurent?
Ergo o olhar, a vergonha explícita.
Risos e piadinhas me acompanham enquanto saio de meu lugar e cambaleio pelas escadas, o olhar severo de professor Alain deixando claro a expulsão mediante todos que atrapalhem sua aula.
— Reportarei ao reitor — avisa antes que eu alcance à porta — Aguarde na direção.
Balanço a cabeça, os olhos se esparramando de lágrimas revoltas.
Voltem agora! Eu as obrigo, o quê certamente é a mais pura idiotice.
Chorando ou não, já havia virado um costume chamar atenção nos corredores desse lugar, então que importância tinha lutar contra qualquer coisa se já haviam tirado suas conclusões sobre mim?
— Já é sua terceira advertência em dois meses, senhorita — aponta o reitor, um pouco mais paciente que os demais — Entendo que trabalhe e esteja cansada, mas precisa entender sua situação neste lugar e que, quando a oferecemos tal privilégio, aguardávamos pela estudante inteligente e focada que se descreveu e foi confirmada por sua instituição anterior.
Fecho os olhos, constrangida.
— Eu serei — choramingo — Peço mais uma oportunidade para mostrar que posso ser aquilo que esperam de mim.
— Eu duvido muito que isso aconteça.
Viro a cabeça para observar a entrada do homem grisalho que me expulsara de sala minutos antes. Ele se senta na poltrona do canto, o Rolex no pulso brilhando tanto quanto os dentes de porcelana.
— Eu juro que posso ser melhor! — nunca fui boa com conversa olho no olho, mas agora, estou definitivamente encarando a alma de Alain Saint Germain.
— Chegando atrasada? Mexendo no telefone? Dormindo durante explicações? — Ele obviamente me detesta — Você não leva as coisas à sério, senhorita Maya, e ouso até dizer que está tirando a bolsa de quem realmente queira se dedicar à isso.
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TURISTA | HEUNGMIN SON
FanfictionDurante uma viagem, Maya acaba envolvida num jogo sexual com um dos coreanos mais conhecidos no mundo. Son, que havia prometido ao empresário entrar em uma relação somente ao fim da carreira futebolística, vê a promessa esvair de seus dedos com a po...