8. Dois podem jogar.

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A festa está linda, caminho ao lado do Erick por todo o salão, desempenhando da melhor forma o meu papel como sua acompanhante

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A festa está linda, caminho ao lado do Erick por todo o salão, desempenhando da melhor forma o meu papel como sua acompanhante. Erick conversa com algumas pessoas, que nem me dou ao trabalho de lembrar o nome.

Pego uma taça de champanhe e tomo um gole, observando as pessoas circularem como se fossem os donos do mundo, bem não deixam ter razão, se somar a renda de toda essa gente, eles poderiam realmente comprar o mundo.

— Está se divertindo? — Erick pergunta depois que finalmente ficamos sozinhos.

— Muito, nunca me diverti tanto. — Minto, e Erick sabe disso, a julgar pelo olhar que lança em minha direção. — Eu preferiria mil vezes estar na minha casa. — Confesso.

— Podemos resolver isso, eu, você, sua casa... — Erick balança as sobrancelhas sorrindo sugestivamente.

— Vai sonhando. — Bebo mais um gole do meu champanhe, sabendo que essa será a única taça que me propus a beber. Tenho uma grande resistência ao álcool, mas sempre evito beber mais que uma taça em lugares públicos. Durante todo o tempo, Erick parece preocupado, mas entendo a sua preocupação, principalmente quando vejo o candidato a senador Jared Dubois surgir na festa.

— O enlutado senhor Jared Dubois, não parece tão enlutado assim, não é verdade? — Erick diz, e olho com atenção o candidato a senador sorrir ao cumprimentar as pessoas como um bom político que é.

— Não julgue o pobre coitado. — Sorrio de lado. — Ele deve estar chorando por dentro.

— Eu estou chorando por dentro, já podemos ir? — Erick pergunta, parecendo uma criança birrenta.

— Não, o senhor me obrigou a vir aqui, agora me proporcione a noite digna de uma linda mulher que me prometeu.

— Seu pedido é uma ordem, senhorita Callahan. — Erick pisca um olho, tira a taça da minha mão colocando na bandeja de um garçom que estava passando, e me estende a sua mão, por um segundo fico em dúvida sobre o que ele esta pretendendo, mas como uma boa acompanhante que sou o acompanho até o centro da pista de dança, notando alguns olhares curiosos em nossa direção.

— Estão todos olhando. — Falo baixinho para somente ele ouvir. Erick envolve a minha cintura com o seu braço e com a outra mão entrelaça nossos dedos, ele começa a se movimentar ao ritmo da música lenta que a banda toca.

— Deixe que olhem. — Ele me responde com o tom igualmente baixo. Apesar de haver muitas pessoas dançando, não consigo me sentir confortável para ficar assim, dançando diante de tantos olhares, me sinto nua, é como se a qualquer segundo alguém surgirá e me dirá que não pertenço a esse lugar. Não existem muitos momentos que me sinto assim, mas com certeza esse é um desses.

— Ei, Portia. — Erick chama a minha atenção e nossos olhos se encontram. — Se concentra em mim. — Aperto os meus lábios. — Não existe ninguém, além de nós. — Ele se aproxima mais do meu corpo, me embalando calmamente. Sua mão quente em minha cintura desce devagar, parando na curvatura do meu quadril, fazendo a minha pele arrepiar. — Somente eu e você. — O cheiro do seu perfume me acalma, ele me prende no seu olhar e o acompanho a cada passo que dá, sinto que somos somente nós dois, esqueço tudo o que está a nossa volta, meus problemas, minhas preocupações, meu medo do julgamento e não quero que isso acabe. O seu rosto está próximo demais, umedeço os meus lábios os sentindo secos e ele acompanha o movimento com o olhar.

Despedida de solteiro vol.2Onde histórias criam vida. Descubra agora