39 - Um vício que nunca acaba.

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Entro no apartamento acompanhada pelo Erick

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Entro no apartamento acompanhada pelo Erick. Depois do enterro, não quis esticar ainda mais esse dia chato.

Odeio me sentir péssima, minha vida já é bem chata para começar a ser melancólica.

Observo Erick, tirar o seu casaco e seus sapatos e olhar para mim, ele sorri enquanto caminha até a escada, como um modelo desfilaria em uma passarela.

— Vou tomar um banho, para tirar esse cheiro de cemitério. — Avisa subindo as escadas.

— Desde quando cemitério tem cheiro? — Subo atrás dele a fim de ir ao meu quarto.

— Sabe? Aquele cheiro de flores e velas.

— Obrigada, agora sempre vou associar o cheiro das flores e velas com a morte, igual a Sarah. — Falo, me lembrando o quanto a Sarah odeia rosas por causa da sua mãe, que amava o cheiro das flores e no seu leito de morte o pai da Sarah encheu a casa com buques para sua mãe.

— Me surpreende que você não tenha associado antes. — Ele para na porta do meu quarto e fica de frente para mim.

— Por quê?

— Você é sempre tão sombria, a morte deveria ser como uma amiga para você. — Diz em tom de brincadeira e acabo sorrindo.

Gosto disso no Erick, o seu humor sem receio. Ele consegue aliviar o clima somente com o seu sorriso, mas quando ele compartilha suas piadas que deixariam algumas pessoas horrorizadas é o que me encanta ainda mais. Não é só o seu charme que me fascina, mas também o seu jeito de levar uma situação e o seu jeito de lidar comigo.

— Quer assistir a um filme depois do banho? Quem sabe pedir uma pizza? — Ele afasta o cabelo do meu rosto, sua mão tocando levemente na maçã do meu rosto.

— Que filme?

— O que acha de Procurando Nemo? — Jogo a cabeça para trás rindo alto.

— Você está falando sério?

— É um ótimo filme, superação e amor fraternal com um pouco de ação, tem tudo para ser perfeito. — Erick abre um sorriso largo, parecendo um menino animado.

— Quantos anos você tem? Oito?

— Idade o suficiente para fazer loucuras na cama. — Pisca um olho e meu corpo já entra em alerta.

— Eu sei que você pode fazer. — minha voz sai baixa, carregada com o desejo que estava dormindo antes, mas agora ele acordou com uma velocidade absurda. — Mas acho que estou com uma falha de memória, sabe? — Sorrio de lado, e vejo quando a expressão em seu rosto muda.

— Falha na memória? Achei que eu fosse inesquecível. — Seu corpo se aproxima apenas alguns centímetros, mas consigo sentir o seu calor e me faz o querer ainda mais.

— Convencido, é a palavra certa. — sorrio — Então, vai me fazer lembrar as loucuras que pode fazer na cama, ou vai apenas se gabar o quanto é inesquecível?

Despedida de solteiro vol.2Onde histórias criam vida. Descubra agora