53 - Um encontro que não posso desmarcar.

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Não sou um homem de muitos amigos

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Não sou um homem de muitos amigos. Consigo contar nos dedos a quantidade de pessoas em quem confio desde a minha infância. E não é para menos, considerando o abandono da minha mãe, o abuso da minha madrasta, o descaso do meu pai e o fim do meu relacionamento com a Chloe. Não é surpresa que eu seja desconfiado. No entanto, meu passado não me tornou uma pessoa fria e sem sentimentos, sem escrúpulos. Minha babá, que considero como uma avó ou até uma mãe, me criou para ser quem sou hoje.

Apesar disso, não sou ingênuo, e também sinto raiva como qualquer ser humano. Neste momento, minha vontade é de sair e descontar em alguém, mas infelizmente não posso. Preciso encontrar outra alternativa: colocar um sorriso no rosto e ir perturbar a única pessoa que pode manter minha sanidade em meio à loucura que minha vida se tornou.

Saio do elevador, e estranho a assistente do Max não estar no seu lugar habitual. Geralmente é ela que me recebe. Não que ela consiga me impedir de invadir o escritório do seu chefe de qualquer modo, mas gosto de infernizá-la também.

Perla foi a única assistente do Max com quem não transei, e não foi porque ela não quis. Tenho certeza de que, se eu me esforçasse, ela seria mais uma assistente do meu amigo com raiva de mim por não ter ligado no dia seguinte. No entanto, prezo pela minha vida, e meu amigo já ameaçou me arrebentar se eu tentasse algo com uma de suas funcionárias novamente. Além disso, estava com a Portia, e não seria louco de traí-la. Certa vez, vi Portia manuseando uma faca para cortar um pedaço de carne, e um filme de terror passou na minha cabeça; eu era o personagem principal sendo caçado por ela.

Sem a presença de Perla para me impedir, bato na porta do Max para confirmar se ele está realmente dentro do escritório. Quando ouço sua voz, entro, forçando um sorriso para amenizar o clima para mim, encontrando meu amigo parado em frente à janela, com as mãos nos bolsos, observando a vista.

— Max, cadê a gostosa da sua assistente? Estava louco para ver aquela bunda redonda dentro daquela saia apertada.

Antes que meu amigo possa responder, a porta do banheiro se abre e Portia sai de lá com uma expressão nada amigável no rosto.

Usando uma calça jeans apertada, e uma blusa de manga longa branca com um decote em formato de coração também apertada, consigo ver todas as curvas do seu corpo. Essa mulher deveria ser proibida de andar assim na rua sozinha. Um atentado ao pudor é um dos crimes que penso em cometer todas as vezes que olho para ela.

— Portia. — Sorrio como se entre a gente estivesse tudo normal. — Se eu soubesse que você estava aqui, teria trazido algumas virgens para você sacrificar, ou prefere sacrificar bebês?

— Olhar para sua cara já é sacrifício o suficiente. — Ela desvia o olhar e encara o meu amigo, que parece achar nossa animosidade muito interessante. — Obrigada pela ajuda, Max.

— Para o que precisar, Portia. — Ele sorri para ela, de forma respeitosa. — Me mantenha informado, por favor.

— Pode deixar. — Ela pega sua bolsa do sofá e o coloca no ombro.

Despedida de solteiro vol.2Onde histórias criam vida. Descubra agora