40 - Catástrofe se aproximando.

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Acordo sentindo uma movimentação ao meu lado, sinto uma perna quente e macia em cima da minha, abro os olhos lentamente por conta da claridade que vem da janela

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Acordo sentindo uma movimentação ao meu lado, sinto uma perna quente e macia em cima da minha, abro os olhos lentamente por conta da claridade que vem da janela. Olho a mulher deitada aninhada a mim, dormindo tão serena que nem parece o demônio quando está acordada.

Eu disse que estava apaixonado ontem a noite, foi a primeira vez que falei em voz alta os meus sentimentos, e como um covarde, esperei que ela dormisse para dizer o que sentia, porém, ela me respondeu, não sei se já estava em seu sono profundo e falou inconscientemente.

Portia sente que a estou observando e se remexe em meus braços, abrindo os olhos em seguida. As piscinas azuis nas suas íris me encaram por alguns segundos e espero pacientemente que ela perceba onde está antes de começar agir no seu modus operandi.

— Me encarar enquanto eu durmo é muito estranho. — Sua voz sai grossa devido ao sono e sorrio.

— Bom dia.

— Bom dia. — Ela se espreguiça deixando o lençol escorregar pelo seu corpo, revelando os seus seios com piercings e uma tatuagem em sua costela escrita; remando contra a maré. Uma tatuagem nunca fez tanto sentido, a Portia não é convencional, de todas as mulheres com quem me relacionei ela é a única que nunca sei o que esperar quando a encontro, uma prova disso e o selinho que ela me dá antes de levantar da cama completamente nua e caminhar até o banheiro despreocupada, como se fossemos um casal.

— Sem rapidinha? — Grito para ser ouvido e ela surge segurando uma escova de dente.

— Não posso, tenho que ir trabalhar daqui a pouco, preciso sair antes que o transito no centro da cidade piore. — Ela volta para dentro do banheiro e me levanto indo até ela.

Portia me olha através do espelho, começo a fazer minha necessidade na privada e ela arqueia a sobrancelha.

— Privacidade mandou lembranças. — Diz com a boca cheia de pasta de dente.

— Querida, a privacidade foi deixada de lado no momento que você enfiou o dedo no meu cu. — Lembro da nossa primeira vez e Portia começa a rir.

— Admita, você gostou.

— Não reclamei. — Beijo seu rosto e entro debaixo do chuveiro.

— Já vou avisando, o xixi é o máximo que consigo tolerar. Se você sentar nessa privada para fazer outra coisa, para mim acabou.

— Recado dado. — Pisco um olho e a vejo me observando demorando bem mais do que o necessário para terminar de escovar os seus dentes. — Por que não vem aqui e toma um banho comigo?

— Não, se eu entrar, vai demorar bem mais para eu sair. Já disse tenho uma...

— Tem que sair para trabalhar antes que pegue o trânsito no centro — repito o que ela disse antes, mostrando que a ouvi na primeira vez. —, eu entendi. Precisamos falar sobre o elefante no meio de nós. — Olho ela, enxaguar a boca e lavar o rosto. — Não fizemos sexo com proteção ontem a noite, preciso me preocupar? — Odeio falar sobre isso com ela, confio na Portia, porém tenho que ser prático, não levamos um estilo de vida convencional, e por mais que eu não tenha dormido com mais ninguém além dela, não posso dizer o mesmo a seu respeito.

Despedida de solteiro vol.2Onde histórias criam vida. Descubra agora