29. Com você quero tudo.

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Sou um homem tranquilo

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Sou um homem tranquilo. Sou da paz não da guerra.

Desde que iniciei a minha terapia quando criança aprendi a lidar com a minha raiva, evitando conflito, resolvendo meus problemas com conversas ao invés de usar a força.

No entanto, essa noite foi impossível me controlar. Eu sabia que uma hora ou outra eu e o Michael íamos sair no soco. Para falar a verdade, o Max foi a única razão para eu suportar tanto tempo sem bater naquele cara.

E hoje Michael conseguiu me fazer perder qualquer vontade de resolver os problemas na conversa. Ouvindo-o falar daquela forma da Portia, tudo o que quis, foi obrigar ele expelir os próprios dentes pelo cu, e quase consegui, se o Max e a Portia não intervisse.

Portia sai do banheiro usando um roupão branco, seu cabelo molhado enquanto ela seca os fios longos e escuros com uma toalha.

— Meus pés estavam podres. — Ela reclama sentando na minha frente na mesa, pegando o meu prato, cortando um pedaço de carne sem me pedir e levando o garfo a boca.

— Se queria comer, por que não falou antes? — Pego o meu prato de volta.

— Comer da sua comida é mais gostoso. — Ela sorri com a boca cheia e me finjo de enojado.

— Falando dos seus pés podres enquanto eu como, sorrindo com o boi chorando na sua boca. Está tentando me repelir, querida?

— Está funcionando?

— Não existe nada em você que me faça sentir nojo.

— Desafio aceito. — Ela sorri ainda mais, com os olhos brilhando de excitação.

— Aqui. — Pego um pano com pedras de gelo que pedi, e entrego a ela. — Coloca na sua mão, isso pode inchar.

— Valeu.

Ficamos em silêncio enquanto como, e divido a minha comida com ela. Enquanto mastigo com calma, observo a mulher olhando para o nada, com os seus pensamentos longe.

— No que está pensando? — Pergunto ganhando a sua atenção.

— Nada de especial.

— Me conta. — Exijo oferecendo o último pedaço de carne que ela aceita sem pestanejar.

— Estava pensando na minha conversa com o senhor Richard McAllinster. — Ela sorri sem humor algum. — Ele disse que eu só meto as meninas em encrenca, que não sou boa companhia para elas. — Portia finalmente me olha. — A briga com o Michael só provou que ele tem razão. — Sua confissão me paga de surpresa, e levo alguns segundos para pensar o que falar.

— Você pode se meter em muitos problemas, mas essa noite não procurou pela briga. O Michael não tinha direito de te tratar daquela forma, você estava na sua razão.

— Eu sei, mas não é primeira vez que isso acontece, e não vai ser a última. — Portia suspira. — Eu sou acompanhante de luxo, Erick. Quando as pessoas descobrem o que faço, eu perco todo o respeito. Eles se acham no direito de fazer e falar o que querem, e esperam que eu apenas sorria e acene.

Despedida de solteiro vol.2Onde histórias criam vida. Descubra agora