18. Agradecendo a cada sentada.

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Enquanto o Erick começa a preparar o café, ele me incita a falar o que aconteceu essa noite para procurá-lo

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Enquanto o Erick começa a preparar o café, ele me incita a falar o que aconteceu essa noite para procurá-lo. Não sei se é os efeitos do álcool no meu sangue ainda, mas eu conto tudo para ele, nos mínimos detalhes, até mesmo o episódio com o James a anos atrás. Erick ouve tudo com atenção, e ao final do meu relato ele coloca uma xícara de café fresco na minha frente e se acomoda na cadeira.

— Sinto muito em dizer isso, mas ela tem razão. — Ele bebe um gole do seu café e me encara.

— Você ouviu o que acabei de te contar por acaso? — Pergunto me sentindo julgada novamente.

— Claro que ouvi. — Ele diz sério. — Na verdade, as duas estão erradas. Melhor assim? — Ele arqueia a sobrancelha.

— Melhor. — Concordo, tomando o meu café também.

— Mas você está mais errada. — Aperto os meus olhos em sua direção de forma ameaçadora. — Pode me matar depois se quiser. — Ele sorri. — Mas, você não honrou o código das garotas. Mesmo se ela fosse uma estranha no bar e o namorado dela fizesse algo assim, é seu dever avisar com quem ela estava se metendo.

— Não é meu dever coisa nenhuma. — Me defendo.

— Tá, pode até ter razão, mas era seu dever avisar a garota com quem dividia o quarto com você. Compartilhava as coisas com você. É difícil entender o que passa na cabeça da Sarah nesse momento, mas eu aposto que ela esta pensando que o que você fez foi uma traição maior do que o James fez a ela. Magoa, quando você descobre que sua melhor amiga, esconde segredos tão importantes assim.

— Onde aprendeu essas coisas Erick? — Falo tentando esconder o quanto estou afetada com as coisas que ele me disse.

— Assisti Sex and City. Dá para aprender muitas coisas lá. — Ele fala tão casualmente que não consigo conter a risada.

— Você é muito estranho. — Bebo mais um gole do meu café, reparando na sua beleza. O homem nem se esforça para ficar bonito. Usando apenas uma calça de moletom, descalço e sem camisa, me faz sentir o meu corpo ficar quente, e antes que o ataque, saio da cozinha e caminho em direção a sala, porém paro no meio do caminho quando vou me sentar no sofá, notando algo estranho escapando da almofada. Quando puxo o pedaço de tecido, vejo que é um sutiã de renda preto e branco e com um cheiro adocicado exalando dele. Erick me segue e arregala levemente os olhos quando nota o sutiã na minha mão e parece perder o dom da fala. — Ela ainda está aí? — Pergunto prendendo a risada, olhando em direção da escada. — Está escondida no quarto?

— Ela foi embora, quando me ouviu conversando no telefone com você. — O olho descrente.

— Sério? Dispensou uma mulher por minha causa?

— Não foi bem assim, ela quis ir embora quando me ouviu dizer para você vir. — Não sei o que acontece comigo, mas algo bem-parecido com carinho misturado com tesão floresce me fazendo morder o lábio inferior e me aproximar.

Despedida de solteiro vol.2Onde histórias criam vida. Descubra agora