42 - Meu ciúme por ela é cego.

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Entro no quarto da Megan carregando um buque de rosas

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Entro no quarto da Megan carregando um buque de rosas. Ela está sentada na cama, parecendo bem mais disposta e sorri quando me vê, ao seu lado em uma cadeira está a Portia, usando um moletom preto que nunca vi usar, óculos de grau, lendo um livro, com os cabelos presos no alto da cabeça. Sua aparência parece cansada, também pudera, desde o acidente ela não saiu desse hospital, nem mesmo para dormir em casa.

— Ler para os enfermos no hospital é o seu passatempo? — Pergunto sorrindo, me lembrando de que quando estava internado, Portia ficava no meu quarto pelo menos por uma hora lendo em voz alta os mais diversos livros de direito, alegando que quando voltasse a trabalhar precisaria estar pronto.

— Pois é. — Ela olha a sua amiga, sem demonstrar emoção alguma. — Vou aproveitar que sua visita está aqui e vou comer alguma coisa, se precisar é só me mandar uma mensagem.

— Deveria ir para casa, descansar um pouco. — Megan diz enquanto Portia arruma seus cabelos.

— Vou para casa quando eu quiser, você não manda em mim. — Portia sorri para Megan e passa por mim como se não me conhecesse. Observo ela sair em silêncio e depois volto a olhar Megan, que sorri para mim.

— Ela está puta com você. — Diz.

— E quando ela não está puta comigo? — Sorrio e lhe entrego as rosas. — São para você.

— Obrigada. — Ela sorri, cheirando o buquê. — São lindas.

— Como você está? Parece bem mais disposta.

— Estou bem, o médico disse que vou receber alta amanhã. — Ela se anima, mas vejo a tristeza em seus olhos. Apesar do acidente ter tirado a vida da sua filha, Megan não ficou com sequelas visíveis, apenas algumas escoriações e também uma marca da cirurgia que fizeram para retirar o bebê.

— Vai direto para a casa do Max?

— E o jeito né? — Dá de ombros. — Não assinei o contrato do aluguel, certamente o dono já alugou para outra pessoa.

— Pode ficar lá em casa.

— Nem pensar — Ela sorri. — Se ouvir a Sarah e o Max já é traumático, você e a Portia deve ser de arrancar os cabelos.

— Meu quarto tem isolamento acústico — Pisco um olho e Megan gargalha, fazendo uma careta logo em seguida por culpa dos pontos que levou.

— Vindo de você não estou surpresa.

— Me desculpe pelo que aconteceu? — Peço com a minha voz embargada. — Deveria ter feito algo para te ajudar, seu bebê morreu por minha culpa.

— Para, Erick. — Ela me olha sério e seus olhos ficam vermelhos. — Não tinha como evitar aquilo. Foi uma fatalidade.

— Mesmo assim. — Seguro a sua mão. — Me sinto péssimo pelo que aconteceu, você é como uma irmã que nunca tive. Não consigo imaginar te perder.

Despedida de solteiro vol.2Onde histórias criam vida. Descubra agora