9. A bebida entra, a verdade sai.

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Merda! Mil vezes merda!

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Merda! Mil vezes merda!

Aperto os meus lábios encarando o copo de tequila na borda, já sentindo os efeitos do álcool.

— Próxima pergunta. — Erick limpa os lábios deselegantemente e bate o copo na mesa.

Onde estava com a cabeça quando sugeri esse jogo?

Desde que iniciamos as rodadas de perguntas, Erick e eu estamos evitando responder a todas as perguntas que fizemos um ao outro bebendo uma tequila atrás do outra. Eram perguntas bobas, mas que criavam uma ponte para outras questões que não queria responder, como, por exemplo: onde me formei? Onde eu cresci? E qual era o nome da melhor amiga na infância. No entanto, Erick não estava muito diferente, evitou falar sobre o seu pai, sobre a sua infância e sobre a sua mãe. As únicas perguntas que concordou responder foram a respeito da amizade com o Max.

— Quem te criou? — Ele pergunta, já esperando que eu não responda enchendo o meu copo com tequila.

— Eli, me criou. — Respondo, o pegando de surpresa. Não estou aguentando nem mesmo sentir o cheiro do álcool. Tecnicamente estamos bebendo a noite inteira, misturando as bebidas e agora com esse jogo, a tequila está batendo um papo frenético com o uísque e o Martíni no meu estômago.

— Quem é Eli? — Ele pergunta, mas balanço o meu dedo negativamente.

— Minha vez. — Seguro um soluço que ameaça escapar. — O quanto você ainda ama a Chloe?

— Não amo a Chloe. — O olho descrente. — Eu amo o sexo que ela me proporciona.

— Para você só se trata de sexo né? Você só pensa nisso.

— E para você não? — Ele arqueia a sobrancelha.

— Sexo, para mim, é trabalho, um meio para não morrer de fome na velhice. Mas isso não significa que só vivo para fazer sexo com alguém.

— Quem é Eli? — Ele faz novamente a pergunta, empurrado o meu copo de tequila delicadamente na minha direção. Semicerro os olhos. — Responde ou bebe, regras do jogo.

— Eli é o homem que me criou. — Dou de ombros e Erick sorri abertamente, sabendo exatamente o que estou fazendo.

— Não senhorita, eu quero saber detalhes. — Ele balança o dedo em minha direção. Jogo a minha cabeça para trás, pedindo uma intervenção divina.

— Por que quer saber tanto sobre mim?

— Estou curioso, te conheço a quase um ano e para mim você ainda é uma incógnita. — Aperto os meus lábios, e deslizo pelo sofá parando ao seu lado, praticamente colando o seu corpo ao meu. Erick me olha desconfiado, porém não movimenta um músculo demonstrando que está afetado.

— Prefere falar sobre o meu passado — lambo os meus lábios, e Erick assiste o movimento da minha língua com interesse. —, ou saber sobre o meu futuro?

Despedida de solteiro vol.2Onde histórias criam vida. Descubra agora