Princípio?

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"Você está me olhando como se não soubesse quem eu sou"
5 Seconds Of Summer - Teeth

A primeira coisa que Lumine sentiu foi uma dor quente em seu peito que passou tão rápido quanto chegou, depois um frio incomodo a rodeou por inteiro e logo desapareceu, alguns segundos ou minutos depois ela notou que suas costas estavam contra algo duro "provavelmente estou no chão " ela pensa ainda sem conseguir abrir os olhos. Uma brisa morna sopra na pele de seu rosto antes de dedos gentis tocarem sua bochecha, com algum esforço ela consegue abrir os olhos apenas pra voltar a fecha-los quando a luz repentina a cega por alguns segundos. Quando suas pupilas se adaptaram a luz ela viu um rapaz bonito a sua frente: usava uma chapéu de fofo verde com uma flor presa no lado esquerdo sob os cabelos pretos com pequenas tranças azuis esverdeadas, olhos curiosamente tinham um degradê sendo azul mais escuro na parte superior da íris e ficando verdes na parte inferior, sobrancelhas escuras finas e arqueadas, nariz e queixo delicados e lábios finos e rosados.

- Hey, que bom que você acordou - ele diz parecendo aliviado - eu já estava me preocupando com você.

- Quem é você?

- Meu nome é Venti - ele diz sorrindo - Venti , o bardo!

- Sou Lumine - ela diz se levantando - onde eu estou?

- Nos arredores da cidade - ele responde de forma levemente vaga - quando chegou aqui?

Lumine abre a boca pra responder porém nada sai. Vasculha a própria memória em busca de uma resposta de como chegou ali, por que estava ali e o principal: de onde ela vinha e quem ela era. A conclusão de que não conseguia lembrar de nada além de seu próprio nome a fazia sentir uma onda de pânico se apossar dela lentamente, ela lutava contra o sentimento de estranheza ao máximo pra tentar responder Venti.

- Eu ... Não me lembro de nada - ela diz - nada antes de acordar aqui e meu nome.

Dizer aquilo em voz alta a fez sentir ainda pior, sua garganta fechou e a visão ficou turva pelo pânico. Venti notou na hora que havia algo errado e segurou o rosto da loira gentilmente, fazendo com que ela olhasse pra ele.

- Ei Lumine, respire devagar tudo bem? Eu sei que deve ser muito assustador não se lembrar de nada mas tente manter a calma - ele diz de forma gentil - você se lembra do seu nome, já é alguma coisa e com certeza você vai se lembrar com o tempo mas pra isso você precisa manter a calma. Se continuar assustada sua mente vai embaralhar e você não vai conseguir se lembrar de nada.

Ela tentava se concentrar no que ele dizia, sabia que ele estava certo e que não podia entrar em pânico porém não conseguia combater o sentimento de desespero. Vendo que Lumine não conseguia se concentrar e limpar a mente, o bardo começa a cantarolar uma doce melodia com sua voz agradável e suave flutuando leve como uma brisa até os ouvidos da loira, capturando a atenção dela e acalmando a ansiedade crescente no peito dela. Mesmo sem a letra, apenas o leve cantarolar de Venti era adorável o bastante e quase mágico de se ouvir e estranhamente... Familiar. "Mas como eu poderia já ter ouvido ele cantar essa música se até onde sei, não o conhecia até hoje?" Ela pensa confusa, já não sentia mais o medo pela falta de memória sufocando seu peito.

- Está melhor agora? - o bardo pergunta.

- Acho que sim - ela diz - obrigado.

- Vem, eu te levo pra cidade - ele diz - quem sabe alguém conhece você por lá.

- Acho que é uma boa ideia - Lumine diz - qual... O nome da cidade?

- Freiheit - Venti reponde - o nome te lembra algo?

- Não - a loira sussurra tentando forçar a mente a se lembrar de algo - não me lembra nada.

- Bom não se lembrar do nome da cidade não quer dizer que você não conhece alguém lá - ele diz alegremente - e sabemos seu nome e que você gosta de música, o que já são boas coisas pra se saber.

A fala otimista junto com o sorriso alegre e despreocupado dele deixavam Lumine um pouco menos preocupada, caminhavam por uma estrada de terra cercada por uma grama verde esmeralda. Já era por do sol e a luz laranjada dos últimos brilhos do dia faziam as borboletas azuis que voavam entre as flores silvestres parecerem mágicas, havia um perfume delicioso de maçãs e outras frutas frescas no ar e a frente se erguia uma cidade bonita e de arquitetura elegante de onde era possível ouvir o som de conversas e risadas. Algo incomodou o fundo da mente de Lumine, mas quando ela tentou buscar o que era a possível memória apenas fugiu dela como um peixe escapando do anzol.

- Onde acha que eu devo ir? - a loira questiona assim que chegam mais perto da cidade.

- Eu vou te levar até Lisa, ela é dona da biblioteca da cidade e sempre sabe como ajudar - o bardo responde com um sorriso tranquilizador quando nota que a menção a alguém desconhecido faz a loira se retrair - não se preocupe, ela é gentil e eu vou estar lá caso isso ajude a você se sentir melhor.

- Obrigado.

Lumine volta a se distrair com a incerteza que a rondava, mesmo que focasse em tudo e todos que via não conseguia desenterrar nenhuma memória. As pessoas olhavam a dupla com curiosidade, a falta de um olhar de reconhecimento fazia a loira sentir que talvez não tivesse chegado até ali por vontade própria. Ao entrarem na grande biblioteca, foram recebidos por uma linda mulher de cabelos castanhos claros e olhos verdes brilhantes.

- Olá Venti e... Quem é essa coisinha fofa com você? - a mulher pergunta de forma simpática.

- Oi Lisa, essa é Lumine - o bardo diz - encontrei ela não muito longe da cidade e ela não consegue se lembrar de muita coisa, então pensei que pudesse ajudar a encontrar alguém que a conheça ou talvez soubesse de alguma poção pra recuperar a memória.

- Eu ficaria feliz se pudesse ajudar - Lumine diz timidamente.

- Ah doçura, é claro que vou tentar ajudar - Lisa sorri - posso tentar achar suas memórias com minha magia?

Lumine hesita antes de confirmar, porém não tinha muita escolha: estava em um lugar estranho, com pessoas que não conhecia e sem memórias. Teria que aceitar qualquer chance de se livrar de algo e ficar menos indefesa.

- Tudo bem.

Dito isso, Lisa a guia até uma cadeira e a pede pra fechar os olhos. Lumine sente uma energia correr pela sua mente de forma firme e insistente porém gentil, na hora soube que era Lisa tentando encontrar suas memórias e a sensação era levemente incomoda. Vários minutos depois a mulher se afasta com um olhar intrigado e a loira não sente nada de diferente.

- Estranho... Sua mente parece ter um bloqueio muito forte - Lisa diz mais pra si mesma do que pra Lumine e Venti - é quase como... Se alguém tivesse tirado suas memórias de propósito.

💚💚💚


Oe oe oe babys tudo bem com vocês? Sejam bem vindes a minha nova fanfic (sim Venti stans eu tô vendo a dancinha da vitória e ouvindo vocês latirem daqui), finalmente o nosso amado bardo foi escolhido! O que vocês acharam desse primeiro capítulo? Enfim se gostarem deixem a estrelinha e comentários beijos e até o próximo capítulo 💚

When The Wind Calls Onde histórias criam vida. Descubra agora