Como Dominar Um Cretino

Capítulo 30

• Maiara •

Aqui estou completamente nua jogada no colchão em plena madrugada, sem ter a mínima ideia de que horas são, mas desconfio que está próximo de amanhecer pela leve luminosidade que ameaça invadir o chalé. Ao meu lado deitado com o abdômen maravilhosamente exposto e com o edredom cobrindo apenas parte das pernas está o Arcanjo Gabriel que passou pelo menos as últimas quatro horas me comendo de todas as formas e posições possíveis, ora fazendo amor, ora trepando com o mais puro tesão.

Perdi as contas de quantas vezes ele me fez gozar, estou completamente saciada por essa sessão de sexo extasiante que me deixou acabada e largada em cima da cama sem conseguir me mover um milímetro sequer. Apaixonada. Maiara você está estúpida e fodidamente apaixonada pelo cretino, ordinário e adorável primo da sua melhor amiga. Sinto seus beijos pelas minhas costas, suas mãos passam por todo meu corpo e eu me arrepio como sempre.

Maiara: Vou logo avisando que preciso de uma pausa. Sabe quando você disse que eu mal conseguiria andar amanhã indo para o aeroporto? — ele faz um "ãhram" sem disfarçar em nada seu sorriso vencedor — então, já estou assim! — ele solta uma risada, esbanjando sua satisfação plena por ter me fodido exatamente como ele planejou. — Juro! Vou ter que sentar de lado na poltrona do avião. — agora o cretino ri sem nenhum constrangimento. — Você acha que estou brincando? É sério! Chega de sexo selvagem. Preciso de algo soft... um papai-mamãe está de bom tamanho.

Fernando: Maiara, você não é uma mulher para se comer numa posição tão trivial. Apesar de adorar me afundar em você assim, porque tenho total controle da minha penetração, mas já sei que você não goza desse jeito. E tudo que eu quero é te fazer gozar intensamente. Prometo me controlar a partir de agora e ser mais "soft". Está bem assim? Agora vou deixar que durma. Aproveite para descansar e se recuperar, porque nós não vamos sair desse chalé.

***

Uma sensação de cócegas longe me percorre. Ignoro. A sensação é maior agora, sinto seus lábios deslizando pelas minhas costas. Vou despertando sob os carinhos da pessoa matutina mais insistente que conheço.

Fernando: Bom dia, Bela Adormecida... — escondo minha cabeça embaixo do travesseiro para não começar o dia querendo socar sua cara linda.

Maiara: Posso saber que horas são para você estar nesse humor tão incrivelmente ótimo? — resmungo tão feliz quanto o Zangado, anão da Branca de Neve.

Fernando: Quase 11h.

Maiara: Tá de sacanagem? Fernando pelo amor da Santa! Nós fomos dormir com o dia amanhecendo. Só mais uma hora é tudo que imploro, me deixa dormir. — puxo o edredom para o meu corpo cobrindo até a cabeça enquanto ele dá uma risada tão travessa que quebra meu mau humor matinal.

Fernando: Você tem no máximo trinta minutos. É o tempo que volto com nosso café da manhã. — ele beija meu pescoço e taca um tapa na bunda.

Cristo Jesus! Que homem insistente! Aguardo o barulho da porta fechando e levanto em direção ao banheiro para tentar recuperar minha dignidade. Saio usando o robe branco aveludado e vejo o carrinho com nosso café da manhã ao lado da mesa, a mesma que ele me comeu divinamente ontem assim que entramos nesse chalé. Minha Divina Santa das Mulheres Muito Bem Comidas, obrigada por essa graça!

Fernando: Serviço de quarto, madame? — sua figura é linda como sempre, ele está apenas com uma boxer branca e me olha como se quisesse saber o que conversava comigo mesma.

Passo minhas mãos em sua cintura, fico na ponta dos pés para alcançar seus lábios enquanto dou bom dia. Seu cheiro é tão viciante que me perco sempre nas notas amadeiradas do seu perfume. Ele afrouxa o abraço sorrindo e puxa a cadeira para que eu me sente. Será que seu cavalheirismo não tem fim?