• Maiara •
Seguimos com a sua programação no sábado. Primeiro vamos no batizado do Joaquim e ver a felicidade da minha amiga com o bebê que ela tanto sonhou e planejou nos braços cheio de saúde não tem preço! Sei que nossa visão como um casal será o comentário da semana no grupo de amigas, porque sim, o meu cretino ordinário não é o tipo de homem que passa despercebido. Mas ali ele simplesmente tem olhos apenas para mim e não nego como meu coração se derrete a cada olhar e declaração baixinha de que sou linda e o quanto ele me ama.
Maiara: Pronto para um passeio de pessoas normais que não gastam 70 mil numa tarde?
Fernando: Estou ansioso.
Saímos do batizado na Igreja. Escolhemos um dos restaurantes e como sempre ele pede tudo, o que vamos comer e beber, na verdade não me importo nem um pouco até porque ele sabe exatamente do que gosto, e eu não canso de admirar meu Arcanjo lindo. Adoro estar na sua companhia e penso cada vez mais que poderia passar minha vida toda com ele. Sem planos Maiara, sem planos! Meu anjinho já retornou com tudo aproveitando que o diabinho ainda se recupera da noite. Aqui estamos de novo, aproveitando um momento juntos e nem parece que quebramos o pau discutindo. Andamos de mãos dadas, tiramos fotos curtindo mais um céu espetacular.
Maiara: Eu não me canso de admirar esse céu!
Fernando: De fato é espetacular, mas ao seu lado fica muito melhor! O passeio está ótimo, mas agora nós precisamos ir. Martinelli acabou de mandar mensagem avisando que está no esperando no Hangar.
Voltamos para minha casa e assim que entro, o interfone berra na cozinha. Seu José interfona avisando que tem uma encomenda na portaria e se pode subir para entregar. O seu olhar não disfarça que preparou alguma surpresa.
Maiara: O que andou aprontando, Fernando? — ele responde apenas que não fez nada, só cumpriu uma promessa da fazenda.
Abro a porta desconfiada e logo seu José aparece perguntando onde pode colocar as caixas. Caixas, no plural mesmo? Mostro o vão na sala em frente ao sofá e Fernando logo se oferece para ajudar a trazer as tais caixas para dentro. Vejo na impressão das notas fiscais Agent Provocateur, La Perla, Kiki de Montparnasse, Intimissimi e Victoria's Secret. Puta que pariu! Ele realmente comprou as 1.008 calcinhas?
Maiara: Sabia que eu vou precisar de um closet exclusivo para guardar tudo isso, né?
Fernando: É só me pedir que eu troco seu apartamento semana que vem.
Maiara: Não inventa. Você não sabe brincar? Realmente mandou comprar 1.008 calcinhas? — abro uma das caixas por curiosidade e vejo que há outras peças além das calcinhas.
Fernando: Pedi para Agnes colocar pelo menos três do mesmo modelo, assim você não pode reclamar quando eu rasgar cada uma delas! — seu sorriso é tão safado e perturbador que me faz arrancar um beijo gostoso dos lábios que sempre me deixam sem ar.
Maiara: Além de completar seu cartão fidelidade você ganhou de bônus 336 desfiles de calcinhas novas sem repetir nenhum modelo.
Fernando: Maravilha! Separe algumas para São Paulo e vamos logo para o Hangar! Caso contrário vamos chegar atrasados e você não quer ver sua sogra contrariada.
***
Chegamos na linda casa da família Zorzanello no elegante, fino e rico bairro de Moema. A iluminação da casa é estupenda, caminhamos pelo jardim arborizado e florido até a entrada principal da casa onde Filomena e Sérgio nos esperam. Eu não canso de admirar esse casal! Não é à toa que o filho é um Deus Grego! O pai é um homem lindo mesmo com seus sessenta anos, esbelto, charmoso e intenso. Logo se vê que Fernando é a cópia do pai com seu cabelo preto misturado aos tons grisalhos e os olhos castanhos tão brilhantes que fascinam qualquer um. A beleza de Filomena também dispensa comentários e se eu envelhecer com metade da sua elegância, curvas no lugar e a pele de pêssego quase celestial, eu serei a mulher mais agradecida da face da terra.
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Como Dominar Um Cretino
FanfictionFernando Zorzanello é o tipo de homem que todo mundo deseja. É lindo, bem sucedido e um amante como poucos. Mas eu não sou todo mundo. Eu queria mais, merecia mais! Quando o vi pela primeira vez, se é que se pode chamar aquilo de "ver", não fazia...