Cap 9 𖠌 1993 almas amaldiçoadas

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Eu não pude estar o tempo todo com Michael, exatos dois dias depois minha mãe e minha avó precisaram se mudar para Miami, lá a vovó teria os tratamentos necessários para sua saúde que não estava melhorando.
Tive que deixar Michael em seu pior momento.

Meu pai também foi, trinta e quatro dias depois que eu e minha mãe fomos, trabalhou a distância durante os próximos quatro anos. E a última coisa que me lembro de Michael naquela época foi minha última visita à sua casa, onde expliquei tudo, digo, tentei explicar tudo, William mal me deixou entrar na casa. Disse que iria castigar Michael da devida forma que ele merecia após matar o próprio irmão.

Mas tive tempo de pelo menos dar-lhe um beijo na bochecha e abraços. Não ouvi mais falar dele durante quatro anos.
Nesses quatro anos em Miami, desenvolvi mais minhas habilidades na bruxaria e cursei psicologia em uma Universidade pública.

Recebia ligações constantes de Sally, conversávamos sempre, mas ninguém sabia sobre Michael.

Ela dizia: "Michael? Não vejo ele desde aquele aniversário na pizzaria, acho que o pai dele não deixa mais ele sair".

Mas agora, no presente, voltei para Hurricane, junto com meus pais, mas meus avôs quiseram continuar em Miami.

A diferença é que agora eu tenho minha própria casa, meus pais moram em um bairro longe, e os negócios da Fazbear Entertainment vão de boas à melhor, mas ainda não gosto muito de ter contato com a empresa e suas diversas afiliadas.

Atualmente, não sei o que pode acontecer, levando em conta que voltei para a cidade em que aconteceu atrocidades e nos últimos quatro anos está tendo cada vez mais escândalos e desaparecimentos, sem o culpado ser encontrado, sem o assassínio da Char ser encontrado.

Pego-me lembrando das situações passadas, do momento em que conheci Michael, até o momento que Evan morreu.

Enquanto arrumo o sótão da minha casa, minha mente voa como um passarinho, encontrei meus amigos da adolescência, nossas sagradas sessões de RPG voltarão.

Sally
Dylan
Joe e Erika.

A casa em que estou é aconchegante, dois andares e um sótão, branca com um pequeno gramado em sua frente, cerca e algumas flores que plantei.

A "típica casa americana".

Seu interior foi totalmente decorado por mim, parede verde pastel, móveis claros e muitas, muitas plantas.

Eu desço as escadas, na intenção de seguir para a cozinha e esquentar algo para comer, mas o barulho do telefone na sala de estar, me impede.

— Alô, quem fala? – Atendo.

— Filha – É a voz de meu pai, aflito – prenderam um suspeito da morte de Charlotte. Precisamos de você aqui agora.

— Claro, estou saindo agora! – Me agito e desligo o telefone o mais rápido.

Pego as chaves de casa e corro para a delegacia. Quando chego, meus pais estão sentados no escritório de um policial, ambos me olham felizes e aflitos.

Sem qualquer palavra trocada, somos levados para a cela onde o responsável está.
Meus pais o encaram com ódio, mas eu encaro indiferente o homem de cabelos loiros e pele pálida.

Um sentimento vem em meu peito, e não é pelos seus olhos azuis em pavor.

Não é ele.
Algo me diz que não é ele.

— Não deve ser ele. – Digo.

— Como não? – O policial arqueia as sobrancelhas.

— Isso, escutem a moça, pelo amor de Deus, eu não tenho nenhuma relação com isso!

1983: O início - 𝐌𝐢𝐜𝐡𝐚𝐞𝐥 𝐀𝐟𝐭𝐨𝐧Onde histórias criam vida. Descubra agora