Cap 20 𖠌 Circus Baby's

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Ele me trouxe até em casa, eu ainda estou com aquele sorrisinho bobo, mas não posso me esquecer de dizer para ele o que vi hoje.

— Descansa bastante, Raven. Amanhã eu tenho a tal surpresa e estou afim de assistir Edward Scissorhands contigo. Hm, aliás – Ele levanta o indicador para cima, como se acabasse de se lembrar de algo – consegui o emprego como segurança naquele lugar que a gente viu, a Circus Baby's Entertainment and Rental

— Hm? – Me encontro estática.

— Pois é, estou tão feliz Raven, tão feliz que as coisas vêm se desenrolando desta forma – Ele recheou minha bochecha com beijos.

— É melhor continuar na pizzaria, não acha? – Sorrio com apreensão escancarada no rosto.

— Por que, princesa?

— Eu tive outra visão hoje, tem uma máquina igual uma concha de sorvete enorme, o nome é S.C.U.P e está bem onde você arrumou emprego, aquilo... – A saliva desce como um ácido na minha garganta – te matou na visão.

— O quê? – Ele cruza os braços.

— Deixe esse emprego um pouco para depois – Seguro a borda de sua camisa.

— Desta vez não posso adiar.

— Por favor, me escute – Acaricio as bochechas dele, minha voz é preocupada – você ainda não tem motivos para ir para lá.

Minto.

— A minha irmã está lá, Raven. Você entende, não entende?

— Era isso que eu queria te dizer... – Minha voz tenta fraquejar, com a lembrança das letras emboladas de William – o William matou ela, ela se fundiu perfeitamente na Baby e ele a levou para o lugar que você disse.

Contrario minha mentira anterior.

Com a postura reta, a cabeça dele se inclina para o lado, tentando entender o que acabou de ouvir, e talvez, por sua postura esteja se negando completamente.

— Ele não faria isso... – Murmurou ele – Raven, isso é mais um motivo para que eu vá.

— Está longe de ser um motivo, deixe isso para lá por um tempo. Temos que resolver coisas antes, as chances dele não estar lá são quase 98%

— Ele matou a minha irmã...

— Não foi só a sua... Michael eu vi e senti sua morte, isso não é um tipo de brincadeira.

— Não pode ser verdade, não vejo como isso aconteceria.

— Ninguém sabe quando vai morrer. Bem, pelo menos você tem um sinal de como evitar a sua morte, cabe a você confiar ou não em mim.

— Eu vou lá – Ele pirraça.

— Se você for... – Tento parecer "ameaçadora" de alguma forma.

— Você vai jogar uma maldição em mim? Eu já sou amaldiçoado, Raven, sou desde que nasci.

— Não sou mulher de insistir, Michael.

Sou sim, mas admito ter o ego muito inflamado.

Mas não quero, não admito que ele vá.

— Então não insista.

Meus olhos perfuram o mesmo e meu rosto preocupado se fecha.

— O que, Michael Afton?

— Não insista, Raven. Eu preciso fazer isso, pelos nossos irmãos.

— Nossos irmãos estão mortos. A última coisa que eles iriam querer é que tomássemos uma iniciativa burra.

A verdade é que o certo seria ir realmente até lá, mas meu corpo e alma se nega a ir até aquele lugar, o certo seria vasculhar cada centímetro daquele local, mas eu não quero agora, não pode ser agora até o destino infeliz do Michael ser desfeito.

1983: O início - 𝐌𝐢𝐜𝐡𝐚𝐞𝐥 𝐀𝐟𝐭𝐨𝐧Onde histórias criam vida. Descubra agora