Cap 11 𖠌 Pequeno Jeremy

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Por Raven...

Sexta-feira, um dia após rever Michael.

No meu sótão, às 16 horas da tarde, e estou prestes a finalizar o primeiro episódio de RPG depois de anos.
Eu me sinto tão bem criando histórias, e tão feliz em saber que mesmo adultos de 25 anos, nossa diversão não se foi.

— Clarisse, você entra na mansão? – Pergunto para Sally, que joga como "Clarisse".

É como se eu voltasse a ter dezesseis anos.

— Eu consigo ver primeiro, o que tem atrás das janelas?

— Você não consegue ver nada, há cortinas vermelhas, você nota apenas que essas cortinas tem detalhes dourados, o que dá a entender que é uma mansão nobre.

— Então eu entro – Diz ela, Dylan resmunga um "Faça isso não..."

No episódio, eles tinham se mudado para uma pequena cidade afastada, onde houveram relatos estranhos e desaparecimento dos moradores, incluindo um companheiro de equipe que foi investigar a dias atrás e não voltou mais, seus trabalhos são investigar tudo.

Minha especialidade, além da psicologia e bruxaria, é principalmente, criar histórias que causem emoções negativas, mas boas.

— E o resto é só no próximo episódio. – Rio.

— Por que você sempre termina o episódio na melhor parte? – Joe questiona.

— Porque é legal, e estamos à quatro horas jogando.

Todos se levantam lentamente, e eu os acompanho até a porta de saída.

— Que nosso parceiro morreu, eu tenho certeza – Disse Erika – conheço a peça.

— Estão me difamando na cara dura? – Me escoro na porta, enquanto Sally foi tirar seu carro da garagem, ela dará carona aos outros.

— Sei de alguém que amaria participar do RPG, se precisar de mais personagens – Erika fala ajeitando seus cabelos encaracolados.

— Eu ia comentar isso contigo, próximo episódio sábado que vem?

— Irei trazê-lo.

— VAMOS FAMÍLIA! – Sally grita, já na rua.

Erika se despede, correndo para o carro, mas Dylan fica parado.

— Encontrou Michael? O garoto sumiu.

— Encontrei. Ele está normal. – Minto. Michael está bem diferente em meu ver.

— E como foi? Quero vê-lo logo também, sabe que estava em Nova York, né? Não tive mais notícias dele. – Ele se animou. Além de Sally, mantive muito contato com Dylan, com o tempo nossa amizade cresceu mais ainda.

— Foi normal – Sorrio – ele me disse o porquê tinha sumido.

— E por que ele sumiu?

— VAMOS LOGO DYLAN! – Sally gritou.

— Semana que vem a gente pode ir ao novo shopping que abriu?

— Vou ver se consigo. – Respondi e ele começou a sair.

[...]

21:10PM

— Já vai começar hoje? – Pergunto incrédula, me encostando no capô do carro de Sally, que está dentro da pizzaria pedindo algo.

— Claro, aqui é a velocidade. – Michael responde com um sorriso de lado.

— Raven? Que bom que está aqui, pode mostrar a pizzaria para ele? – Um funcionário do RH, me vê parada na frente da pizzaria. Ele disse exatamente quando Sally passa ao seu lado, vindo em minha direção.

1983: O início - 𝐌𝐢𝐜𝐡𝐚𝐞𝐥 𝐀𝐟𝐭𝐨𝐧Onde histórias criam vida. Descubra agora