Cap 18 𖠌 Puppet

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O som da chuva agressiva do lado de fora e os fortes trovoadas, até que me ajudam a pensar.

Dois dias depois eu ainda não consegui a oportunidade de ir no tal escritório subterrâneo, muito menos de falar sobre com o Michael. Sentada no meu escritório da clínica, no final do meu turno, faço algumas anotações para organizar os pensamentos e os documentos que o Michael me mandou.

Ele me enviou alguns papéis que ele pegou na FazBear após eu ter mentido pro meu pai dizendo serem questões administrativas que eu desejava apenas conferir, e meu pai liberou acesso com o pouco de autoria que ele ainda tem na empresa.

E por meio de um outro funcionário, disse-me que um mês atrás, William ficava enfurnado no escritório estudando sabe se lá o que, na mesma época em que cinco crianças desapareceram. E não é surpresa de que ele está estudando as almas, até porque ele sabe colocar essas almas nos animatrônicos e não é qualquer um que faz isso, ele sabe manejar muito bem a agonia.

A imagem da FazBear Entretimento está mais que manchada, diversos desaparecimentos vêm queimando a imagem da empresa, e começaram a suspeitar do William, logo ocasionando seu afastamento.

Na mesma época que ele afastou, um outro funcionário chamado Steve Raglan, entrou no horário da manhã, algumas semanas depois ele saiu, o homem se parecia muito com o William, dois dias depois eu tive o pesadelo e agora ninguém mais vê o Afton, nem no escritório, nem chegando em casa pela madrugada.

Talvez ele esteja realmente morto agora...

Meu telefone do escritório toca, a atendente diz ter um homem querendo falar comigo, tenho 20 minutos até o próximo paciente chegar.

Desço as escadas da clínica, ajeitando meu sobretudo branco e a calça social. Ao chegar no primeiro andar, me deparo com Michael sentado na poltrona.

— Ele chegou fazendo alvoroço querendo ir até seu escritório, senhora. – Disse a secretária, com o tom de voz indignado.

— Irei resolver – Sorrio sem graça e levei meus paços até o Michael – queria invadir o escritório, Michael?

— Olha isso! – Ele ordenou espantado, colocando um papel adesivo amarelo e velho na minha mão.

"Encontre sua irmã e liberte-a.
Ass.: William Afton"

— Onde encontrou isso? – Senti uma fincada na cabeça.

— Aparentemente eu devia ter encontrado isso quando fugi de casa aos 18, mas encontrei hoje. – Ele diz rápido e agitado.

— Você voltou na casa?

— Voltei.

— Em que parte da casa você encontrou isso?

— Na geladeira.

— Encontrou algo a mais, alguma senha ou chave que você não sabe para que serve?

— Não, por quê?

— Bem, no dia em que fomos lá, eu dei uma olhada geral na sala, computador, gaveta, enfim, tudo que eu pude, e encontrei um... – Sou interrompida pela secretária que me chamou ainda sentada na mesa dela.

— O cliente se adiantará 7 minutos!

— Já estou indo! – Respondo-a.

— De qualquer forma – Michael volta a falar, com a voz frustrada – os boatos sobre o coelho da FazBear voltaram, algumas pessoas estão dizendo que viram ele andando envolta da pizzaria de madrugada. Mais crianças estão desaparecendo e a polícia já notou a falta do William.

— Conversou com um militar?

— Sim, eles dizem que sabem que os desaparecimentos estão rondando a pizzaria, mas não conseguem encontrar prova alguma, já fecharam e interditaram, mas nada foi encontrado.

1983: O início - 𝐌𝐢𝐜𝐡𝐚𝐞𝐥 𝐀𝐟𝐭𝐨𝐧Onde histórias criam vida. Descubra agora