onze

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De algum jeito, Adrien havia conseguido convencer seu pai a dormir fora alegando que queria se enturmar com seus colegas de classe. Mal sabia Gabriel Agreste que seu filho estava numa festa do pijama com sua melhor amiga Marinette nos alojamentos da DEBS, uma escola só para garotas.

- Cale a boca. - Adrien disse jogando um travesseiro na franco-chinesa, que o recebeu ainda rindo.

- Ta bom, ta bom. Eu parei. - Marinette disse ainda com vestígios do riso. - Você falou que tinha algo para me contar, o que é?

Os dois estavam sentados na cama de Dupain-Cheng conversando sobre as coisas da vida, ou mais especificamente, como estavam gostando dos criminosos que entraram em suas vidas. Não exatamente com essas palavras.

- Lembra do Luka? - Adrien perguntou.

- O cara de cabelo azul que você passou a semana passada inteira falando, que também te sequestrou? - Marinette perguntou ironicamente. - Estou familiarizada com ele.

- Haha. Estou morrendo de rir. - O loiro falou com cara de paisagem, a Dupain-Cheng lhe jogou um travesseiro falando para desembuchar logo. - Vi ele a uns dois atrás.

As sobrancelhas de Marinette se franziram em curiosidade. Então Adrien continuou contando sobre o encontro dele com Luka por acaso. O Agreste iria falar sobre Juleka mas por algum motivo ele apenas não disse.

Mais tarde naquela noite, enquanto ele tentava dormir, Adrien pensou sobre a conversa que ouvira a dois dias atrás. "Não confiar nos professores" e "ter cuidado na DEBS" foram as partes que lhe chamaram a atenção. Ele se perguntara se tinha algo de errado com os professores, pelo o que o loiro sabia todos os professores eram ex agentes.

Mas será que eles são confiáveis?
A voz de sua cabeça falou, Adrien suspirou e falou para si mesmo para pesquisar sobre isso quando acordasse no dia seguinte.

~•~

- Ela é minha irmã, não vou a deixar cega em uma situação dessas. - Luka falou e bebeu um gole de sua cerveja.

Ele, Chloe, Max e Alix estavam na sala da mansão onde moravam discutindo sobre o plano de infiltração na DEBS e estavam discutindo novamente. Juleka era um assunto em pauta a muito tempo em seu círculo de amigos por ela estudar no colégio de espiões, nenhum deles sabia de suas intenções ali dentro o que os deixavam em um limbo com a garota.

- Você podia pelo menos ter avisado antes de ir falando. - Alix falou se esticando para pegar mais um pedaço de pizza da caixa.

- Eu estou avisando agora. - Luka rebateu ainda com raiva.

Chloe revirou os olhos pela infantilidade de seus amigos, mesmo sem olhar ela sabia que Max estava fazendo o mesmo.

- Já entendemos, Luka. - Max começou. - Mas precisamos tomar cuidado, sabemos que ela é a sua irmã porém ela ainda está no território "inimigo".

Luka respirou fundo, sabendo que seu amigo estava certo, ele bebeu mais um pouco de sua cerveja.

- Juleka é inconstante. - Chloe falou. - Não podemos prever o próximo passo dela então é melhor tomar cuidado com o que fala. - Ela avisou o amigo. - Agora, quanto ao plano, não tenho objeções. Alguém tem?

Os três falaram um "não" juntos e voltaram a discutir sobre o infiltrado, deixando a comida e a bebida de lado. Como eles já tinham um roubo planejado para essa semana, o grupo decidiu que iria implantar o infiltrado um dia antes dele acontecer.

Com todos os detalhes já acertados, eles decidiram assistir a um filme e acabar com o resto de pizza que deixaram, mas na metade do filme Chloe conseguia ver Alix dormindo no ombro de Max e Luka apagado na poltrona onde sentava.

- Você sabe que seus encontros com aquela DEB pode ser prejudicial para nós também, certo? - Max perguntou baixinho para não acordar seus amigos.

- Eu sei. - Chloe respondeu com os olhos fixos no chão.

- Então por que continua? - Ele perguntou de novo.

- Eu não sei. - A loira respondeu. - Mas...tem alguma coisa nela que, não sei, pode ser bom pra mim e para nós.

Max franziu as sobrancelhas, ele era a cabeça e Chloe era um coração bem esperto. Era assim que ele a via, Max sempre confiou nos julgamentos da loira.

- Eu confio em você. - Ele disse. - Mas nela não, Chloe. Tome cuidado.

- Eu não tenho ideia do que eu to fazendo. - Ela disse com um pequeno riso. - Mas eu certamente estou fazendo algo bom para a equipe. Obrigada pelo voto de confiança, Max.

Ele acenou com a cabeça. Max lembrava dela desse mesmo jeito com Sabrina e, por um momento, ele temeu pela Chloe. Ele não queria que sua amiga terminasse igual antes, era uma coida que ele não poderia permitir.

~•~

Marinette olhou para a tela do computador em completo silêncio, seu TCC estava pronto e faltava um mês para entregá-lo mas de algum jeito ela se sentia uma sensação estranha sobre ele. Agora que ela conhecia um pouco sobre a verdadeira Queen Bee, não apenas rumores, ela estava se sentindo um pouco culpada por escrever tudo isso baseado apenas em fofocas sobre a loira.

- Ei, Mari. - Juleka falou entrando no quarto da colega. - Ta tudo bem? Você ta sentada assim faz uns dez minutos.

Marinette piscou olhando para a amiga, finalmente tirando os olhos da tela.

- Ta tudo sim. - A franco-chinesa disse balançando a cabeça em afirmativo.

Juleka a encarou desacreditada, mas deu de ombros e disse que iria checá-la novamente mais tarde. A Couffaine saiu do quarto de Marinette e foi para o seu próprio, onde viu Alya sentada em sua cama.

- O que ta fazendo no meu quarto? - Juleka perguntou confusa e fechou a porta.

- Acho que o quarto da Marinette foi arrombado. - Cesaire falou séria.

- O que?

- É só uma teoria mas, sem querer querendo, eu fui na sua janela e vi que a janela dela estava com um pequeno buraco onde fica a tranca. - Alya disse.

- A janela dela é tipo a uns quatro metros da minha, como você viu isso? - A Couffaine perguntou cruzando os braços.

- Sem quer querendo. - A morena falou soando mais como uma pergunta e de de ombros.

Juleka relaxou a expressão em seu rosto e se sentou ao lado de Alya.

- Eu sei que você quer saber o que ta acontecendo com a Mari, eu também quero, mas não podemos espionar ela sabe. - Ela falou passando o braço esquerdo sobre os ombros de sua amiga. - E esse buraco pode ter sido feito pelo Adrien. - Alya suspirou, sabendo que poderia ser verdade. - E, além do mais, quando a Marinette estiver pronta ela vai falar pra gente porque ta agindo assim.

- Você ta certa. - Alya admitiu. - Mas eu ainda estou preocupada.

- Então tira ela daquele computador. - Juleka respondeu. - Podemos não saber o que está acontecendo com ela direito, mas conseguir prevenir uma dor de cabeça já é um bom começo.

A Cesaire assentiu dizendo ter um jeito para tirar ela daquele estado e saiu do quarto de Juleka, deixando-a sozinha. A Couffaine respirou fundo e pegou seu computador, ela ainda tinha planos para fazer.






CRIMINAL • ChlonetteOnde histórias criam vida. Descubra agora