vinte e seis

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Marinette olhou para trás uma última vez e suspirou, ela entrou no banco e, assim que as portas se fecharam, um vulto de cabelo loiro se jogou nela a abraçando. A DEB obviamente retribuiu o abraço, quando Chloe se afastou Marinette colocou um dedo nos lábios e pegou a caneta que tinha escondido no bolso da calça, ela escreveu "escuta" na palma da mão e mostrou para a criminosa. 

- Acha mesmo que vou deixar você passar sem uma revista? - O tom dela era sério mas seu rosto tinha um sorriso enorme.

- Por que me trouxe aqui? - Marinette perguntou genuinamente, ela estava tão confusa.

- Eu quero uma revanche pela última vez. - Chloe se aproximou e começou a apalpar a Dupain-Cheng. - Ou você esqueceu? - Ela estava a provocando.

- Pensei que isso aconteceria quando nos encontrássemos novamente numa luta, não em um banco. - Marinette deu um tapa na mão de Chloe quando a loira colocou as mãos na altura de seus seios, Chloe segurou um riso. - Sentiu minha falta, é isso?

- Uma coisa assim. - Ela murmurou sorrindo. - Pronta para ver minha operação, querida DEB?

- Você quer dizer os reféns? - Marinette perguntou, os olhos fazendo a mesma pergunta para Chloe.

- Eles estão no terceiro andar, vão ficar bem. - A loira deu de ombros.

Chloe pegou a mão de Dupain-Cheng e, basicamente, a deu um tour pelo banco como uma verdadeira guia. Explicou como faziam as cédulas e as moedas, qualquer quadro na parede que contivesse uma pessoa também era explicado o porquê de estar ali. No fim, as duas entraram no escritório principal do banco, Chloe sentou na cadeira do gerente comandante do banco e colocou os pés em cima da mesa como se aquilo tudo pertencesse a ela.

Marinette estava mais confusa agora do que quando entrou no banco. 

- Viperion, agora. - A loira falou no walk-talk preso em seu ombro. A voz de Luka soou com um "entendido".

- O que está acontecendo? - Marinette perguntou completamente confusa.

Chloe a olhou com um brilho diferente nos olhos e um sorriso malicioso, a loira pegou uma caneta e um papel e escreveu um recado para a Dupain-Cheng.

~•~

- Saiam daí agora! - Marlene falou no rádio para as outras DEBS assim que a escuta de Marinette fez um barulho agudo muito alto e então parou de funcionar.

- Ainda não resgatamos todos os reféns! - Alya discordou no microfone.

- Eu não me importo! Saíam daí e deixem os agentes que foram com vocês lidarem com o resto.

- Marlene. - Mendeliev a chamou, a Mckinon se virou para olhá-la. - Minhas meninas estão sendo treinadas para saber o que fazer nessa situação. As missões de rotina servem para isso.

- Eu não me importo se elas são treinadas ou qualquer caralho que você está tentando falar. Nós acabamos de perder contato com uma delas e eu não vou deixar que as outras três garotas menores de idade sejam postas em perigo por causa do que você está dizendo. - A Mckinon disse batendo o pé, ela voltou a se sentar na cadeira e pegou o microfone, apertando no botão para falar com as DEBS. - A decisão é final, saiam daí..

- Marinette sabe o que está fazendo, Marlene. - Mendeliev voltou a falar.

~•~

- Marinette sabe o que está fazendo, Marlene. - Alya ouviu a voz de Mendeliev pelo microfone.

- O que houve com Marinette? - O nome da amiga fez Kagami e Juleka olharem para a Cesarie com os cenhos franzidos.

- Não aconteceu nada demais, só perdemos o sinal da escuta, já estamos trabalhando para recuperá-lo. - Marlene falou.

- Como assim perderam o sinal da escuta? - Juleka perguntou. - Não teria como a não ser que ela estivesse a milhares de metrôs daqui. 

- Também não temos certeza de como aconteceu, a equipe está trabalhando nisso.

- Meninas, já chega. - Um dos agentes que veio com elas chamou a atenção das três. - Mckinon falou para vocês irem, não desobedeçam ela.

Alya, Juleka e Kagami se entreolharam e assentiram. Juleka e Kagami se jogaram na frente os agentes e Alya correu até a porta e colocando uma cadeira embaixo da maçaneta. A DEB correu pelos corredores, checando cada porta a procura da amiga.

- Cesarie, volte agora para lá e obdeça! - Marlene estava furiosa.

- Eu to entrando num túnel, não dá pra falar agora! - Alya disse e tirou a escuta do ouvido, a deixando ficar pendurada na blusa.

Alya não sabe por quantas portas ela já passou ou quantas escadas tivera que subir, tudo o que ela se importava agora era se sua amiga estava bem. A morena estava ofegando mas ela não conseguia parar de correr. Ela abriu porta atrás de porta até algo em particular chamar sua atenção.

A Cesarie entrou na sala e viu a escuta que Marinette usava em cima da mesa. Seu coração, antes batendo como um solo de bateria, quase parou. Ela pegou o papel embaixo da escuta e leu o que estava escrito.

"Tire a escuta e ninguém lá fora se machuca."

Alya colocou a escuta de volta no ouvido. - Marlene. - Ela chamou.

- Alya! - A morena ouviu o barulho de algo caindo. - Você está bem? 

- Ela levou a Marinette.

~•~

Marinette botou a cabeça para fora do caminhão e olhou para trás, não conseguindo mais ver Banco Nacional da França, a Dupain-Cheng balançou a cabeça com uma careta triste e voltou para dentro.

- Tudo bem? - Chloe perguntou delicadamente.

- Estaria melhor se você desamarrasse minhas mãos. - A DEB respondeu levando os pulsos até Queen Bee.

- É só uma precaução, Marinette. - Luka falou e revirou os olhos. Ele estava dizendo isso desde antes de saírem do banco.

- Eu vou te bater se você falar isso de novo. - Ela ameaçou.

Luka riu.

- Chega vocês dois. - Chloe disse terminando de desamarrar a franco-chinesa. - Ainda temos que fazer uma parada antes de podermos ir para casa.

- Parar aonde? - Marinette perguntou olhando para Chloe.

- Isso, vai ser uma surpresa. - Chloe sorriu olhando para ela.

Marinette sorriu de volta não conseguindo deixar de pensar que, só dessa vez, ela vai seguir o instinto do seu coração.

- Okay.

CRIMINAL • ChlonetteOnde histórias criam vida. Descubra agora