vinte e nove

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Quando Marinette acordou naquela manhã, demorou um pouco para se lembrar aonde estava. O sol entrava pela janela lançando luz no quarto sem graça onde estava hospedada na casa da criminosa mais procurada da DEBS. Ela quase riu quando pensou isso. Um sorriso leve estava em seu rosto após escovar os dentes e descer para a cozinha.

Ela encontrou a gangue de Chloe toda ali. Max mexia no computador sentado na ilha da cozinha, uma xícara vazia ao lado dele; Luka mexia no celular comendo uma barrinha de cereais; Alix lia o jornal bebericando de uma xícara e Chloe estava cercada de papéis na mesa com uma fruta na mão. Max foi o primeiro a notar Marinette chegando ali, ele fechou o computador e se serviu de mais uma xícara de café antes de subir para o quarto. Alix foi a próxima, falando que iria para a academia malhar. Luka deu uma olhada para ela e continuou onde estava mexendo no celular. Chloe a olhou e sorriu.

- Bom dia! - Ela a cumprimentou.

- Bom dia.

- Tem café em cima do balcão e bolo na geladeira. - Chloe começou a juntar os papéis em cima da mesa. - Eu posso ir comprar pão se você quiser.

- Não, ta tudo bem. - Marinette não costumava comer no café da manhã, só um café bastava até o almoço. A DEB achou o armário das xícaras e pegou uma, se servindo do café. - O que é isso? - Perguntou se sentando ao lado de Chloe.

- Apenas alguns planos futuros, nada demais. - A loira levantou com os braços cheios de papéis. - Vou colocar isso lá em cima e depois vamos pra piscina. Tudo bem? - Marinette assentiu.

Ficaram apenas ela e Luka na cozinha, o silêncio desconfortável estava começando a incomodá-la. A DEB decidiu começar uma conversa amigável.

- Vocês não comem muito de manhã, ne? - Ela perguntou observando o cômodo limpo demais.

- Não muito. - Ele deu de ombros. - Preferimos comer fora mais vezes possível. - Ela piscou.

- O que? Vocês não cozinham? - Ele deu de ombros novamente.

- Não vemos necessidade se dá pra comprar tudo pronto.

Como filha, neta e sobrinha de cozinheiros renomados, Marinette não gostou do que ouviu. Que bom para os restaurantes em que eles compravam, ganhando mais e mais a cada dia, mas isso prejudicaria a saúde deles em poucos anos. De repente, a Dupain-Cheng sabia exatamente o que devia fazer e, assim que Chloe desceu, Marinette pediu para irem no mercado. A loira a encarou confusa e tentou negar mas a vontade da espiã fora mais forte que um simples não não poderia detê-la.

As duas voltaram cheias de bolsas para casa.

Após guardarem tudo, Marinette colocou um avental e começou a fazer o almoço.

- Eu não entendo pra quê começar o almoço tão cedo. - Chloe disse sentada no balcão da cozinha folheando o livro de receitas que insistiu em comprar.

- É pra dar tempo de ficar pronto na hora do almoço. - Marinette explicou se movendo pela cozinha. - E também uma ótima maneira de se entrosar com alguém.

A comida era uma linguagem do amor dela e de toda a família, seus avós, de ambos os lados, se conheceram através da culinária, seus pais se apaixonaram por causa dela, até Brigdette e Félix tinham um prato especial dos dois (que agora era banido de qualquer jantar em família). Mesmo quando Marinette estava com Adrien, ela conseguiu fisga-lo por causa da comida.

E dessa vez não seria diferente.

Um pouco mais trabalhoso? Talvez, mas não diferente.

Chloe a olhou cética.

- Tivemos essa conversa ontem, Dupain-Cheng. Você é encantadora e não precisa de nenhum joguinho para ganhar o respeito dos meus parceiros.

Marinette colocou a tampa em uma das panelas e se aproximou de Chloe, segurando suas mãos e olhando fundo em seus olhos.

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⏰ Última atualização: Sep 12 ⏰

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CRIMINAL • ChlonetteOnde histórias criam vida. Descubra agora