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·ᴇᴍᴍᴀ ᴏɴ·

- Emma! - Eu ouço uma voz distante, em seguida uma ardência em meu rosto - Acorda. Você tá dormindo no chão da quadra.

- Você me deu um tapa, vagabunda? - Eu abro meus olhos e vejo S/N próxima de mim.

- Quer dormir aqui? - Ela diz e eu olho para a janela da quadra e pude ver que já estava anoitecendo - Uma ambulância já veio buscar o menino e já liberaram a gente faz tempo.

- E só agora você me acorda? - Eu pergunto, me levantando - Se meu rosto tiver ficado vermelho, eu te devolvo o tapa com o triplo da força que você usou.

- Faz uns 20 minutos que eu tava tentando te acordar - S/N explica, se levantando atrás de mim - Robin queria chamar um coordenador, mas eu sei que você demora pra acordar mesmo.

- E cadê ele?

- Foi buscar um copo de água gelada pra jogar na sua cara.

- Ainda bem que eu acordei então - Eu falo, me dirigindo até a saída e encontro Robin com um copo de água - É sério isso?

- Você não tava querendo acordar - Robin diz, bebendo a água - Vai aonde?

- Procurar o Louis - Eu respondo, mas me arrependo - Não fala pra S/N isso.

- Todo mundo sabe que vocês se gostam - Robin bebe mais um pouco da água - Não preciso contar pra ninguém. E porquê tem uma marca de mão na sua cara?

- Sua namorada me acordou no tapa.

- Pelo menos você tá viva.

- É - Eu continuo andando até a entrada da floresta - Tchau.

Sério que me deixaram dormindo no meio da quadra enquanto supostamente iria acontecer um massacre?

Se Gwen falou, deve ser levado a sério.

Entrei na floresta e fui correndo até o chalé de Louis, pois estava com medo.

Se realmente acontecesse um massacre, eu não ia ficar sozinha numa floresta.

- Louis! - Eu começo a bater na porta de seu chalé desesperadamente, enquanto olho para os lados - Você tá aí? Você não morreu não, né?

Nada.

- Pronto, ele foi a primeira vítima - Eu boto minhas mãos acima de minha cabeça - Louis, morre não.

Começo a ouvir passos de dentro do chalé, indo em direção a porta.

- Louis? - Minha voz sai trêmula - Puta que pariu, esse negócio de massacre tá me assustando mesmo. Só quem for o Louis abra essa porta.

- Sou eu, Emma - Louis fala do outro lado da porta - Só tô procurando as chaves.

Respirei fundo de alívio, mas ainda olhando para meus lados.

Sem dizer nada, ouço Louis destrancar a porta, que se abre com um rangido da madeira provavelmente velha.

- Me ajuda - Louis diz para mim tremendo, enquanto suas mãos e sua roupa estavam cheias de sangue - Eu fiz merda.

Percebi.

- O quê aconteceu? - Eu pergunto, depois de alguns segundos em silêncio.

- Eu não sei - Louis começa a gaguejar entre suas palavras, andando pelo chalé - Ele começou a falar de Griffin...

- Calma - Eu entro rapidamente dentro do chalé, fechando e trancando a porta atrás de mim - Respira fundo, me diz o que você fez.

- Puta merda - Louis passa suas mãos ensanguentadas por seu cabelo, se sentando em sua cama.

𝐄𝐔 𝐏𝐑𝐄𝐂𝐈𝐒𝐎 𝐃𝐄𝐋𝐄 𝟐  || 𝐍𝐨𝐢𝐭𝐞𝐬 𝐝𝐞 𝐯𝐞𝐫ã𝐨 Onde histórias criam vida. Descubra agora