Eu sabia?! (pt. II)

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Recadinho 

Gente linda que acompanha a saga da nossa menina, estamos chegando ao fim. Esse é o último capítulo antes do prólogo. Depois começarei a revisão e ai convido vocês a relerem a história. 

Para quem curte minha escrita, ainda tenho umas duas ou três histórias gritando para ganhar corpo, então já já teremos mais. 

Quero saber da opinião de vocês, hein!?

No mais é isso. Vamos lá?


POV Carolina


- Não vai querer o cordeiro, Laura? – pergunta João Augusto.

- Não, obrigada! – ela responde baixo.

- Se soubesse que não gosta dessa proteína tinha pedido para fazer outra. – mentiroso!

- Não se preocupa, João. Estou bem. – sorriu tensa.

O prato dela estava bem semelhante ao meu: um pouco de cada coisa, exceto o tal cordeiro assado. Um dos nossos pontos em comum era que não gostávamos de certos tipos de carne, como cordeiro.

Não conseguia tirar os olhos dela e por isso acompanhava todos os seus movimentos. Estávamos sentadas uma de frente para a outra, cada uma de um lado de João Augusto, que encabeçava uma das pontas da mesa. Obviamente esse arranjo foi culpa dele, porque meu desejo era sentar entre minha avó e Camila, que, aliás, estava do meu lado – retalhando seu pedaço de cordeiro. Nojento!

Já sei que falo isso todas as vezes que coloco meus olhos em Laura, mas hoje, ela estava linda! Havia cortado o cabelo de uma maneira que nunca tinha visto, não pessoalmente. Seu rosto simétrico tinha ganhado uma franja, dessas bem curtas que ficam em cima da sobrancelha; o comprimento, antes curto, agora estava quase rente ao seu queixo; e a cor, refletida pela luz da sala de jantar, demostrava que o loiro escuro, quase castanho claro, estava sem as mechas loiras platinadas. Confesso que tive vontade de cortar meu cabelo tão curto quanto ela, exceto pela franja, odeio franjas em mim. Ela usava roupas básicas. Uma camisa de seda verde esmeralda e saia de linho marrom, acompanhadas das botas de sempre. Simples, mas lindíssima!

Ela não estava bebendo nada alcoólico, apesar de ter uma taça cheia de vinho ao seu lado. Nossos olhares pouco se cruzavam e quando acontecia, a enchente de culpa e tristeza dominava tudo. Ainda queria entender direito o que estava ocorrendo, isso me deixava mais do que chateada, me deixava puta da vida. Ela ainda tinha o mesmo olhar do baile de formatura, que rolou há uma semana. Noite em que tudo mudou.

++++++

Carro de João Augusto – após o baile.

- Você reparou o quanto os meninos estavam animados, Laura? – João Augusto gargalhou.

- Estavam mesmo. – respondeu Laura em uma voz baixa, sentada no banco de carona.

- Não sei o que deu em vocês, Carol. – continuou rindo sozinho. – Estavam, como se diz hoje em dia? Trilocos! – riu como se estivesse bêbado. Até sua voz feliz era estranha.

- Hm – única coisa que consegui dizer nesse clima esquisito que reinava nesse carro.

- Carol, se era pra você ficar com essa cara, - estava me encarando pelo retrovisor – era melhor ter ido dormir com a Camila, né Laura?!

Olhei para Laura, que parecia mais quieta que tudo.

- Tenho umas coisas importantes a fazer. – me limitei a dizer.

Stubborn Love ⚢Onde histórias criam vida. Descubra agora