Segunda-feira, primeiro dia de aula pós-férias e aqui estou eu, já atrasada ouvindo Felipe buzinando freneticamente na frente de nosso prédio. Ninguém vai mandá-lo parar não?! Ás vezes parece que nem vizinhos temos.
Porra! Achei! – Achei o que comprei para Carolina quando passei em Porto Alegre.
- Bom dia, princesa sulista. – grita Felipe através da janela do carro.
- Bom dia, surfististinha! – gargalho e ele revira os olhos ao mesmo tempo em que dava a partida no carro.
- O que foi? Por que está com esse sorriso a essa hora do dia? – alguém está de mau-humor.
- Oras, Felipe, estou bem e não acordei de mau humor como certas pessoas.
- Está falando de mim?
- De mói que não é né.
- Te fuder, Laura. – e deu um grande gole em um copo enorme de algum liquido transparente que estava perto da embreagem.
- Ok, Ok. – peguei o copo e cheirei, era água de coco. – Ressaca, mi ami?
- Das bravas. – bufou. – Minha cabeça vai explodir a qualquer momento.
- Acho que não, afinal a buzina soava bem louca há tempos atrás. – tentei mudar o climão que ali estava. – Pega um dorflex.
- Olha, para com esse seu sarcasmo. – acelerou o carro e percebi que estávamos perto do atraso. – Já basta esse sorriso idiota no primeiro dia de aula. – nem me agradeceu pelo remédio, filho da puta!
- Desculpa, viu!? – me senti tola por um momento, afinal por quê mesmo eu estava tão feliz?
- Ah, Laura... – ele me olhou de um jeito. – me desculpa você. Estou aqui com minhas merdas e acabo te atrapalhando. – riu e pegou minha mão. – O motivo é quem – enfatizou esse quem – estou pensando?
- Sim... – ri sem graça.
- Tá até vermelhinha essa menina-mulher.
- Sai Felipe, para.
- Vou parar só por que chegamos ao colégio.
Saímos do carro rapidamente, pois sim, faltavam dois minutos para o início das aulas e precisávamos bater ponto na sala dos professores. Depois de pegarmos nossos materiais e dá um oi rápido para os colegas, Felipe sussurra em meu ouvido:
- Cuidado, Lauril! Vai com calma! – e quando virei para olhá-lo, ele já dobrava a esquina do primeiro andar.
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Passei os primeiros horários com uma leve ansiedade. Ansiava revê-la o mais rápido possível. No intervalo, não me aguentei e procurei por ela pela janela da sala dos professores. A encontrei conversando com Juliana, outra aluna minha, ambas estavam bem bronzeadas e sorriam das palhaçadas dos demais meninos. Felipe me viu ali e comentou:
- Nossa, que bronzeado invejável das nossas alunas. Estavam juntas? – e me encarou. Eu permaneci olhando para elas e refletindo sobre o que ele dissera. – Vamos, vai perder o café da manhã especial.
Fiquei com aquilo martelando na cabeça até a bendita hora de entrar na sala do terceiro ano. Olhei para os alunos e os cumprimentei. Imediatamente procurei pelos olhos cor de âmbar que se sentava perto da mesa dos professores com seu grupinho e encontrei carteiras vazias. Onde estavam? Quando Camila Machado entra conversando com os demais amigos.
- Eita, a professora já chegou. – sorriu. – Prof., fomos ao banheiro rapidinho. Tudo bem? – Só balancei a cabeça confirmando e sorrindo. E lá no fundo estava Carolina, conversando com Juliana. Elas eram próximas? Não me lembrava e também não importava.
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Stubborn Love ⚢
RomanceCarolina Moraes é uma curiosa estudante, que estuda no Colégio de sua família. Sua vida é marcada por perdas. Seus pais faleceram muito cedo e acabou sendo criada por seu padrasto e sua avó. Um de seus sonhos é se tornar uma bióloga como os pais. Po...