Capítulo 1

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Estava totalmente escuro, eu fugia dos ninjas de Konoha, que não saíam da minha cola. Talvez, por eu ter agredido o Asuma, seja o motivo desta perseguição. Moro na Vila da Folha desde que era criança, não sei quem são meus pais, moro com os meus tios: Fugaku e Mikoto, junto ao meu primo Itachi, mas, a tia, estava grávida . Pelo que eu sei, meus pais morreram ainda jovens na Terceira Guerra Ninja, enquanto meus tios adotaram-me.

Infelizmente, sou um adolescente muito briguento, apenas com os meus dezessete anos, envolvi-me em brigas que já arrancaram até olhos. Entre eles, Kakashi Hatake, o cara nerd que todas as garotas babavam as bolas, perdão o termo, mas era literalmente isso. Conheço ele desde que eu era criança, sempre competimos tudo, até antes do próprio Guy aparecer.

Pulando nos tetos daa casas, acabo escondendo-me no quintal de uma casa que estava mais pelo lado menos movimentada de Konoha. Os ninjas passando direto, suspiro aliviado, encostando na parede sentando no chão.

— [Nome]? — Um arrepio sobe pela minha espinha e fico paralisado. — O que está fazendo aqui? — Kakashi falava cruzando os braços enquanto usava sua roupa de Anbu.

— Nada, não é da sua conta. — Levantava, limpando minhas roupas não fazendo contato visual. Kakashi apenas revirava os olhos.

— Você brigou de novo com o Assuma? — De modo debochado, ele cruzava os braços. — Realmente, você não tem jeito.

— Briguei. Como eu disse antes: Não é da sua conta. — Bufava. — Virou meu pai, por acaso?

— [Nome], já somos quase adultos, vamos parar com essa nossa rivalidade boba, passou da hora de sermos amigos. — Descruzava os braços erguendo a mão para mim.

— Prefiro morrer.

— Significa que é tão fraco, que não consegue apertar minha mão? — Provocava.

— Claro que não, idiota. — Pegava na mão dele com força, apertando. — Eu te odeio.

— Fracote.

[...]

Depois de suportar durante trinta minutos, o Kakashi seguindo-me por toda Konoha, ele finalmente desgrudou quando foi para a fila do lamen. Senti meu corpo tão aliviado, após livrar-se do peso que é um boyzinho ficar seguindo-te.

Ok, é estranho, toda vez que encontro aquele idiota — Kakashi —, ele insiste em acompanhar-me até chegarmos no Ichiraku. Confesso que sua companhia não é tão insuportável quando éramos crianças, talvez, toda aquela chatice transformou-se em um belo físico e um par de olhos atraentes.

Sinceramente, eu me acho gay, como descobri? Eu vi o Kakashi sem máscara. Esse idiota nunca tirou a máscara nem para beber água ou comer, nas missões, mas eu, fui o sortudo que pôde ver o quão ele é irresistível.

Não que eu realmente odeie ele, só temos modos diferentes de agir, e, não ironicamente, o dele deixa-me de boca aberta. Mas nunca poderei confessar o que sinto por ele, prometi a mim mesmo, que não lhe causaria mais nenhum trauma ou incômodo. Após a morte de Rin, seus movimentos ficaram mais cautelosos, senso de humor frágil e respostas ríspidas, só que eu sinto, que quando estamos juntos o seu olhar muda.

Não sei se é de uma respectiva "apaixonada" minha, mas, de certa forma, sinto que ele demonstra um lado "fofo". Enquanto ando distraindo-me de meus pensamentos apaixonados por um homem que nunca irá retribuí-los de volta.

Chegando na Academia Ninja, onde prometi ajudar a limpar as salas, um homem alto, loiro e com uma capa escrita "Quarto Hokage", abria a porta de umas das salas, e, eu acabava debatendo-me com ele.

— Perdão... — Com a cabeça baixa, o homem passava a mão devagar em meus cabelos, quando levanto, vejo quem realmente era. — Minato-sensei! Perdoe-me! Eu não havia lhe visto.

— [Nome], aprontando de novo? — Eu balança a cabeça agitado. — Oh, então veio ajudar na limpeza das salas? É um milagre não está com o Kakashi, brigaram?

— Sensei, você falando desse jeito, até parece que namoramos. Não brigamos, ele foi comprar um lamen, então eu vim direto para cá. — Falava enquanto ele ouvia-me com atenção. — Como está a Kushina? O pequeno Naruto está bem?

— Sim, os dois estão, a Kushina quer lhe ver. Que tal você ir lá em casa depois? — Ele falava como um "pai", eu ficava até sem graça, ele tratava-me como um filho, sempre convidava eu e Kakashi para almoçar e jantar em sua casa, nem mesmo meu tio Fugaku era assim.

— Claro, sensei, vou adorar. Te vejo mais tarde. — Ando até a sala 07 abrindo a porta para limpa-lá.

[...]

Depois de duas horas de espirros e dores nas costas, eu havia terminado de limpar a sala 07, 09 e 08 onde tinham crianças encapetadas que faziam muito mais bagunça. Sentando no chão, pego um pano molhado esfregando o piso, quando ouço a porta abrir.

— [Nome]? Quer ajuda? — Kakashi falava de uma forma amigável, nada séria. — Você está aqui faz algumas horas.

— Eu já vou sair, você vai comigo na casa do Minato-sensei? — Perguntava.

— Vou sim, eu vim lhe ajudar para irmos juntos.

[...]

Kakashi ficava me esperando até que eu tirasse a última gota de água do chão. Ele não mexia-se de forma alguma, quando terminei, guardei os materiais de limpeza no armário, e, vou andando até ele.

— Demorei muito? — Falava.

— Sim, pior que uma lesma. — Eu revirava os olhos pegando uma garrafa de água.

— Está revirando os olhos para mim?

— Sim? O que você fará? — Desafiava.

— Isto. — Ele retirava a garrafa de minhas mãos, baixando sua máscara, dando um beijo em minha boca. Não tive reação, apenas retribuo sem reclamar.

— Você retribuiu, gosta de mim? — Sua fala era irônica.

— Gosto. Sempre gostei Kakashi, mas fiquei com medo de decepcionar você. — Eu dizia sem causar algum alvoroço, já estava passando da hora de confessar o que sentia por ele, já estávamos quase sendo adultos.

— Finalmente você de declarou para mim, sabe o quanto eu esperei? — Ele passava a mão devagar em meu rosto. — Nunca tive coragem de abrir-me com você, então, tive que esperar você vir.

— Uau, e eu achando que você era um cara com mais atitude. — Eu ria. De forma inesperada, ele me beijava de novo.

— Vamos para a casa do sensei, agora? — Ele falava intensificando o beijo.

— Vamos... — Falava ficando quase sem ar. — Deixe eu respirar primeiro.

— Claro, pimentinha. — Kakashi referia-se a mim, com um apelido que tínhamos quando criança.

— Isso é sério? Seu lobo idota.

— Parando para pensar, lobo não é nada mal.

Continua...

Apenas Esqueça. Kakashi HatakeOnde histórias criam vida. Descubra agora