Capítulo 12

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Após a repentina discussão entre [Nome] e Kakashi, o Uchiha caminhou até um lugar mais calmo. Chegando ao cemitério, decidiu encontrar o túmulo de seu mestre, Minato Namikaze.

Naquele momento, sua cabeça estava uma enorme bagunça, pensativo nas palavras de Kakashi. Ele realmente havia virado o abusador? Desde criança, nunca cresceu pelas sombras de ninguém, mas seus irmãos, sim.

[Nome] estava tornando-se o seu "pai", possa se dizer assim. Fugaku nunca quis criá-lo, vendo-o apenas como um empecilho. Era normal um homem que se dizia um protetor tratá-lo como um estorvo?

Absordo em seus pensamentos, começou a caminhar pelo cemitério até encontrar o túmulo de Rin Nohara, uma de suas grandes e melhores amigas. Sentando-se na frente do dito lugar, cruzou os braços pensativo como poderia mudar essa situação.

— Rin, faz muito tempo, eu sei. Não tive coragem de pisar neste solo, muitos de meus amigos e familiares estão descansando em paz aqui. — Suspirou — Eu queria muito desabafar, sobre todo caos em que passei.

[Nome] deitou-se na cama macia com a cabeça apoiada nas mãos. Olhando para o céu, procurou as palavras certas para se dizer na frente de um túmulo. Desabafar com ela mesmo nessa situação de calamidade é o certo? Ele não sabe.

— Tudo começou no aniversário de um ano do Sasuke, estávamos felizes, uma festa boa para se comemorar, entretanto, passaram-me a seguinte missão: matar os três pilares da paz do clã Uchiha. De começo, na voz de Danzou, eles eram os principais vilões, mas na verdade, era eu. Matei cada um, da forma mais cruel tacando vossos corpos no riacho. — Fechou os olhos por um momento — Até que Kakashi trouxe-me aquele maldito pergaminho.

O Uchiha contava cada detalhe para a estátua de pedra. Não conteve-se em desabar seus sentimentos naquele membro, cansado pelo fardo de algo que não é sua culpa. Falava sobre os anos trancafiado dentro da prisão de Konoha, a culpa que ganhou por "matar" a Rin, matar seu sensei, o massacre de três vilas e muitas outras coisas que não estava bem para dizer na frente de sua amiga.

— Por fim, virei um pequeno professorzinho que ajuda crianças a pegar um simples sino. — Abriu os olhos — Vou acabar enlouquecendo mais uma vez. Além da minha curta relação com o Obito, ele está vivo. Mas, faz sete anos que isso aconteceu, dediquei esse meu tempo para cuidar do Sasuke, sabe? Eu sinto que tudo vai melhorar, não acha? — Ele deu um sorriso mais  calmo.

Não, infelizmente, nada melhorou. A dita cuja, Akatsuki, que normalmente teria um acordo com [Nome] pois ambos cooperaram para distintos objetivos, entretanto, o líder da facção, Yahiko Pain, descobriu algo que iria lhe faturar muito.

A antecedência de [Nome] de certa forma era suspeita. Graças as informações valiosas de Tobi e Itachi, tornou a caçada a este homem mais fácil. O que não era de ser esperado que Orochimaru, por baixo dos panos, ansiava pelo corpo poderoso e adequado do Uchiha.

Vagando seus olhos pelo ambiente quieto e calmo, estava decidido pedir desculpas a Kakashi e Sasuke. Ele poderia ser um homem orgulhoso, mas aquele situação merecia sua atenção. Elevando-se do chão, ajeitou suas roupas, talvez, tenha passado-se alguns minutos, por volta de 30? Na dúvida do distinto horário, apenas caminhou de volta para a vila.

Ao decorrer do caminho, ele avistou um lago, se aproximou para admirar sua beleza, não conseguiu conter o sorriso cativante nos lábios. Percebendo uma pequena diferença em sua aparência, o olho esquerdo estava com o Rinnegan ativado, algo fora do normal.

Ajoelhado-se no gramado, observando com atenção o olho ativado, tocou levemente na face, confuso. A água estava ficando turva, como se algo grandes estivesse por vir. Um clarão tomou conta de seus olhos, atordoado caía no chão tentando proteger sua visão.

— Mas que porra! — Gritou tentando abrir os olhos, esperando acostumar-se com luz. — Onde caralhos eu estou?

O Uchiha olhava em volta, não sabendo onde estava, levantou-se com cuidado ainda com a cabeça girando em tontura. Ao perceber uma presença feminina, ele logo pegou sua katana e ficou em posição de combate.

— Por favor... acalme-se, eu estou aqui para ajudar, tá bom? — Uma mulher com os cabelos avermelhados, com sua face coberta de gentileza e um sorriso amigável — Você está bem?

— Onde eu estou?... Quem é você?.. — Gesticulou olhando para a mulher.

— Estamos em Konoha, uma vila um pouco diferente, eu sou Mito. Você está bem, [Nome]? — A mulher falava com sua voz delicada. — Como você cresceu...

— Eu estou sim, obrigado. Estamos em Konoha? — Olhava com mais atenção — Espere, como a senhora sabe meu nome?

— O meu pequeno Uchiha, você não deveria estar por aqui... o seu Rinnegan está descontrolado? — Mito falou preocupada — Vamos, siga-me...

Mito levava [Nome] para outro lugar. Ele estava confuso, achou que por ter levado um baque grande no chão, estava escutando coisas. A vila um pouco diferente? Não pode ser possível, Konoha não tem divisões há um século. A não ser que tenha viajado no tempo? Não fazia sentido, a presença de um artefato era necessário para as viagens temporais.

— A senhora está me enrolando? Como sabe do meu Rinnegan? — O Uchiha estava começando a ficar nervoso e zangado. — Me desculpe, dona. Está querendo usurpar alguma coisa de mim?

— Você tem a mesma desconfiança do seu pai. É surpreendente. — Ela dava um pequeno riso.

— Pai? Itadori? — Olhou desconfiado.

— Querido, eu sou sua mãe. Mito Uzumaki... — Ela sorri. — Seu pai é Madara Uchiha..

— Madara Uchiha e Mito Uzumaki? — [Nome] começou a gargalhar, sentiu seu pulmão faltar ar. — Senhora Mito — Respirou fundo antes de tossir um pouco. — Passaram-se 118 anos, como eu poderia ser filho do Madara Uchiha e da vossa pessoa. A senhora traiu o Hokage?

— É uma história bem longa. Falarei as partes importantes. — Ela sentou-se no gramado. Puxando-o para o seu lado. — Madara queria um herdeiro, alguém forte que algum dia poderia sucedê-lo, entretanto, que mulher queria casar com ele? Então, ele sabendo do poder do clã Uzumaki, pegou um pouco do meu DNA e um pouco do dele, criando uma criança, usou o chakra do Hashirama... Mas, o Tobirama descobriu... selou o corpo da criança dentro do caixão de Madara... — Ela falou com receio.

— Caralho. — A única coisa que o Uchiha falou. — Porra, eu bebi muito. Filho do Madara, uma experiência, estou vivo há 118 anos vivos... — Assobiou fechando os olhos. Quando abriu os olhos  Mito sumiu. — Me dig-.. hum? Você sumiu? — Olhou em volta e estava na frente do túmulo de Rin Nohara novamente. — Eu sabia, era um sonho.

Suspirou aliviado. Era de se imaginar, ele filho do Madara? Uma piada interessante.

Apenas Esqueça. Kakashi HatakeOnde histórias criam vida. Descubra agora