o que resta de mim é o choro amargo
pérfido, nefasto
sal grosso que não se dissolveos pedaços da régua estilhaçada
lágrimas que enroscam nas lamúrias
umedecendo os vitupérios da almao que resta de mim é fragmento
fagulhas de um ensejo maltrapilho
que ora ornamenta-se em ilusões
para acalentar os sentidos enferrujadosjá não me resta muito aos 20 e poucos
sonhei todos os sonhos de uma só vez
traguei avidamente as frustraçõesdesta pouca vida já vivida
já tomei o porre e agora se instalou a ressacae logo, a solidão
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poemas e conectomas
Puisipoemas autorais, orgânicos e desestruturados, escritos sob ondas cimáticas