eu nunca tive medo do caos
alguns encontram-se nas rotinas organizadas
outros, nas plenitudes da vida
já eu nunca fui muito das serenidadesem mim eu cavo fundo
fuço até os portões do Tártaro
nem que seja preciso destruir-me
libertar os meus demônios
para poder conhecer-mesempre gostei das ondas violentas
das tempestades e intempéries
do desconhecido, do inesperadopreciso do caos porque não aguento a mesmice
o marasmo da insipiência
não suporto as certezas engolidas
quero todo dia uma sensação diferente
uma experiência nova, algo novo a descobrirnunca encontrei na paz o sossego
sou dependente da inconstância
quero sentir a terra girando sob meus pés
quero o movimento inconsistente da vida
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poemas e conectomas
Poesíapoemas autorais, orgânicos e desestruturados, escritos sob ondas cimáticas