Trono de Espinhos - Daemyra (CONCLUÍDA)

Nas Torres da Cidadela

Quase um mês sem atualizar! Desculpem pela demora, o meu trabalho pegou forte nesse último mês e eu tava sem tempo até pra respirar. Espero que gostem do capítulo!! Tendo comentários e votos, vamos (tentar) recuperar a programação normal kkk. Eu senti saudade de escrever essa fic

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Eu já tinha visto construções impressionantes, mas nada como aquilo. A Cidadela era um complexo de vários edifícios que se perdiam de vista; torres altas e menores, organizadas de tal maneira sobre as ruas que pareciam compor uma cidade independente. De cima de Caraxes, eu via os olhos de Helaena arregalados atrás de mim, as pequenas mãos lutando para se segurar nas minhas vestes. Ela não temia dragões; ao invés disso, os amava. E apesar de Viserys estar conosco no vôo, era em mim que ela escolhia se segurar; eu só não sabia dizer se era por preferência própria ou se porque pressentia que Viserys poderia cair lá de cima a qualquer momento.

A cada tranco que dávamos no vôo, um grunhido escapava aos lábios do meu irmão. Quando enfim avistei o gigantesco pátio que serviria para a nossa aterrissagem, ouvi um suspiro aliviado vindo dele.

Descemos ao chão no estilo de Caraxes: dramática e dolorosamente, cada um de nós três tendo que se agarrar a um punhado de escamas para se manter estável. A verdade era que Caraxes sentia o que eu sentia, e quando avistei Otto Hightower saindo de um daqueles grandes edifícios, desejei mesmo causar um terremoto naquela terra. Quando tocamos o chão, o dragão rugiu, agitou as asas e cuspiu fogo. Fez menção de atacar os homens que se aproximavam, mas eu segurei as rédeas com força e puxei seu focinho para trás.

— Dohaeris, Caraxes — sussurrei ao seu ouvido, tentando controlá-lo enquanto Helaena e Viserys desciam. O dragão puxava tanto, que eu sentia a tensão das rédeas formando sulcos nas minhas mãos. — Dohaeris... Caraxes...

Puxou até que a pele se soltasse das minhas mãos, mas enfim, obedeceu. Quando meus pés bateram no chão, o sorriso viscoso já estava presente no rosto de Otto e, para meu mais profundo nojo, meu irmão e ele se cumprimentavam com apertos de mãos e tapinhas nos ombros.

— Ah, Daemon, o rei demoníaco — Otto disse em um tom de piada. provavelmente sentindo-se confortável naquela terra amaldiçoada que ele chamava de lar. — Que prazer poder receber vocês pessoalmente em Vilhavelha.

— Pensei que a Cidadela fosse independente dos Hightower — falei sem cerimônia.

— E é. Mas está localizada aqui, não é? E se não fosse pelas mãos dos meus ancestrais, essas pedras não teriam sido levantadas. Ah, vejo que vocês trazem uma convidada ilustre — indicou Helaena, que apesar de supostamente ser sua neta, estava escondida atrás de mim e encarando o velho como se fosse uma praga. — Percebo que o rosto imaculado dela já foi arruinado. Feito seu, eu imagino? Caso contrário, não teria se dado ao trabalho de vir arrumá-lo pessoalmente.

— Não trate a situação como se fosse piada, Otto — Viserys interviu antes que eu respondesse. — Isso foi um acidente, e grave.

— Helaena não será piada para mim. Jamais. Mas quanto a vocês dois vindo às pressas buscar um Meistre que possa cuidar dela... sem exército, sem comitiva e lutando para se equilibrar em cima de um dragão... — e riu. — Não leve a mal, Vossa Graça — e fez uma reverência. — Eu apenas estava pensando como os Sete são, de fato, justos em seu julgamento.

— Veremos quem mais pode ser justo em um julgamento se você continuar testando minha paciência — respondi, ao que ele se calou.

— Daemon... — Viserys pediu.