Guerra nos Degraus - Parte I

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alguns avisos:

1- este e o próximo capítulo são referentes à guerra nos degraus, portanto, podem envolver descrições mais intensas sobre violência/combate e acho que são os capítulos mais "densos" da história (só avisando os desavisados, mas nada que seja difícil de lidar).

2- estamos no capítulo 21 e a fic terá 23 no total (ou, no máximo, 24)!

3- boa leitura e deixem votos e comentários!!


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- Fogo.

Acordei de repente com o crepitar à distância. Àquela hora da madrugada, as chamas não deveriam estar ali. Levantei em um sobressalto, lançando as poucas cobertas para o lado e vestindo a armadura tão rápido quanto pude. Eu não estava adaptado a vesti-la sozinho, mas já o tinha feito em outras ocasiões; usei só o necessário.

- O... quê? - Rhaenyra grunhiu no colchão, ainda sonolenta. Caminhei até ela depressa, erguendo-a pelos ombros para que despertasse.

- Vista-se e esconda-se.

- Daemon... do que você está falando...

- Agora.

Não havia tempo para explicações. Saí da tenda com ela ainda remexendo-se sobre a cama, e tão logo abri a lona, meus olhos identificaram o início de uma tragédia. A maioria dos homens estavam adormecidos, mas os que não estavam começavam a correr.

- Fogo! - Alguém gritou à distância. Uma de nossas tendas estava em chamas. Os cavalos ao redor agitavam-se e relinchavam. Um homem com uma armadura Stark jogava um balde de água na origem do incêndio, enquanto outros pisoteavam as brasas.

Perda de tempo. O fogo estava só começando; eu percebi quando olhei para o céu e vislumbrei Caraxes, sozinho, rodeando o acampamento. Não era para ele estar ali; o único motivo para sua presença tinha que ser a conexão contínua que tinha comigo: tanto quanto eu, percebia que algo estava em vias de perturbar a paz no alojamento. O fogo não vinha dele.

- É um ataque - balbuciei sozinho. Olhando para o lado, vi Lorde Westerling saindo de sua tenda às pressas, também terminando de vestir a armadura desajeitadamente. Foi minha vez de gritar: - Posições! Ocupem suas posições!

Os que antes dormiam acordaram em um pulo. O que antes era serenidade tornava-se uma correria. O fogo tinha sido ateado ali propositalmente pelos nossos inimigos; não tinha como Craghas Drahar saber nossa posição. Era impossível. A não ser que tivéssemos um delator entre nós.

O restante aconteceu numa fração de segundos. Cavalos inimigos invadiram o acampamento, ao mesmo tempo em que uma trompa arcaica ressoou. Corri para o cavalo que me fora designado, lançando um sinal para que Caraxes rondasse a área em busca de outros inimigos. A Irmã Sombria já estava em minhas mãos, mas pelos meus cálculos, a montaria duraria pouco tempo.

Trono de Espinhos - Daemyra (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora