Guerra nos Degraus - Parte II

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Galera, o próximo capítulo é o último. Haja o que houver nesse, tenham força e fé KKKK. Estou dentro do planejamento e o último será postado dia 30/06 (sexta que vem). Deixem votos e comentários!! Boa leitura.

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O vento levantava o piso irregular de areia, misturando-a ao sangue nos meus cabelos

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O vento levantava o piso irregular de areia, misturando-a ao sangue nos meus cabelos. Nós havíamos sofrido baixas; tantas, que foi preciso mudar a estratégia ao longo do caminho. A muito custo, nenhum dragão tinha ainda sido utilizado; apesar da descida pelas colinas ter sido sangrenta, eu tinha escolhido sacrificar alguns homens ao invés de sacrificar a estratégia do uso de nossos dragões. Seriam guardados para o final.

A tomada do farol não tinha corrido bem. Nossos grupos estavam dispersos pelo chão lamacento das ilhas, alguns já tendo sido convocados, outros ainda perdidos, como se nem sequer soubessem que a batalha já tinha começado. Tínhamos perdido a vantagem da sincronia quando nosso acampamento fora atacado e quando Lorde Westerling falhara em chegar ao farol. Àquela altura, eu não o via no campo e chegava à conclusão de que tinha morrido.

Os corpos ao nosso redor eram tantos, que os tratávamos como rochas no caminho: era preciso pulá-los ou chutá-los com os pés para não tropeçarmos. No desespero do confronto, já não sabíamos se pisávamos em amigos ou inimigos; os corpos encurvados estavam tão ensanguentados que já não víamos bandeiras ou brasões nos seus escudos. A morte tomava a todos, sem distinção entre lados.

- Recue - murmurei para Corlys, que ofegava ao meu lado, quando o som da batalha cedeu por um momento.

- Sua Graça - ele sussurrou em um tom de desespero. - Não precisamos recuar. Ainda temos condições de lutar. O que você está pensando em fazer?

Observei em silêncio os poucos inimigos que estavam adiante. Apesar do número parecer pequeno, eu sabia que não era; tinham aquele hábito de se esconder em cavernas, somente revelando seus números conforme a ocasião exigia. Ao que parecia, a batalha tinha cessado por um momento.

- Vou forjar uma rendição - falei.

- Você enlouqueceu.

- Dê meia-volta, suba a colina e entre no campo de visão de Caraxes e Seasmoke. Dê o sinal para que venham. Ordene que os homens somente desçam com você a partir de agora.

- E o que você vai fazer aqui embaixo?

- Ganhar tempo. Fazer com que eles saiam de onde estão escondidos.

- Daemon - ele era mais baixo, mas alcançou meu ombro e o puxou em sua direção. - Você é Rei. Não tem necessidade de fazer isso.

- Siga a ordem. - Fuzilei-o com o olhar. - Nossos grupos estão desorganizados, cada um em uma colina dessas ilhas. A única coisa que poderia juntá-los era o farol e o ataque sincronizado, que perdemos. Ou os dragões, que são nossa única chance. Precisamos de fogo e explosões para que percebam que o confronto já está acontecendo aqui embaixo.

Trono de Espinhos - Daemyra (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora