Princesa Jujuba e Marceline

533 95 92
                                    

Não se esqueçam de votar. Boa leitura

#

Seus pés pararam no lugar assim que seus olhos puderam ver aquele sorriso estranhamente gentil. Ela não sabia o que aquela garota fazia ali, muito menos como conseguiu chegar ali.

- E aí, amiga! - Cumprimentou caminhando até a morena que parecia ter travado. - Você e seu amigo andam devagar.

- O que faz aqui? - Perguntou a primeira coisa que lhe veio a mente.

- Ah, eu vim para assistirmos algo, comprei sorvete. - Falou como se fosse a coisa mais comum do mundo, a morena piscou algumas vezes e se moveu para entrar em sua casa. A garota de cabelos castanhos avermelhados correu saltitando para seu carro e pegou os quatro potes de sorvete e correu saltitando para entrar com a morena; sem a permissão da garota ela entrou na casa e olhou em volta. - Sua casa é bonita.

- Você não pode entrar, não te convidei.

- Não sou um vampiro. - Respondeu com humor e caminhou procurando pela cozinha, a morena fechou a porta e tentou alcança-la, mas ela andava rápido para alguém com pernas curtas. - Uau, cozinha bacana, a minha deve dar umas três dessa, mas ainda assim é bacana. - Colocou os potes de sorvete no frizzer e fez um bico emburrado ao ver que um não caberia. - Posso tirar essas carnes daqui? Vai amolecer o nosso sorvete.

- E a carne vai estragar. - Abriu e fechou a boca, se dando por vencida e colocando o último pote na parte inferior da geladeira. - Olha, não quero ser rude, mas poderia ir embora, quero ficar sozinha.

- Não posso, eu estou empenhada em tornar seus dias mais alegres possíveis, e eu acho que não seria nada alegre ficar só. - Rebateu se sentando e vendo a morena suspirar aparentemente cansada. - Podemos assistir algo, ou brincarmos de alguma coisa, posso me arriscar a brincar com uma bola se isso for te deixar alegre.

- Por que está empenhada em me deixar "alegre"? - perguntou fazendo aspas com os dedos; não entendia o comportamento da menor.

- Porque eu sei que normalmente você não é. - Sua resposta atingiu a morena a fazendo abaixar a cabeça e buscar alguma forma de rebater dizendo que não. - O que acha de assistirmos Hora de Aventura, é divertido e não infantil, podemos curtir um desenho sem as pessoas nos julgando por gostar de algo considerado tosco ou modinha.

A morena estava atordoada demais para se quer responder, apenas assentiu e a menor sorriu gentilmente novamente e caminhou saltitando em busca da sala de estar.

[...]

Estava no fim de mais um capítulo aleatório, a ruiva estava vidrada na cena, os castanhos estavam tentando prestar atenção mas não conseguiam, sua mente estava tão confusa que nem mesmo prestar atenção em um desenho ela conseguia.

A mais velha olhou pelo canto do olho para a morena e viu o mesmo olhar triste e cabisbaixo que via na sala de aula quando ela passava as aulas sozinhas. -- Jed e Maya não caíram na mesma turma de Josie naquele ano -- A garota de olhos azuis não gostava de ver as pessoas tristes, mas a única vez que tentou falar com Josie ela não demonstrou interesse algum em uma amizade.

A garota brigava consigo mesma internamente, não sabia se deveria se intrometer mais ainda na vida de sua nova amiga; mas senão o fizesse talvez ela pudesse cometer alguma besteira por ter guardado esse sentimento em si.

- Amiga, o que foi? - Perguntou pegando o controle e pausando, as orbes castanhas foram para a mesinha de centro. - Pode falar comigo, eu guardo segredo, juro.

- Não tenho nada. - Respondeu fechando os olhos e logo a mão da mais velha tocou gentilmente seu ombro. - Você não tem que ir fumar no parque com alguns amigos?

- Cancelei no recreio, não deixaria uma amiga por causa de maconha, se eu quisesse usar eu comprava e usava sozinha. - As orbes azuis lhe fitavam com carinho. - A princesa Jujuba não fica com o Finn.

- O quê?

- Princesa Jujuba e Marceline... - Disse aleatoriamente no intuito de que isso fizesse a garota a sua frente ficar um pouco feliz. - Jake é o meu personagem favorito.

- Por que você fala coisas tão aleatórias?

- Prefiro amoeba do que Slime. - E continuou ignorando o comentário de sua amiga. - Tentei ir de bicicleta para a escola umas vezes, acabei caindo todas elas e machucando o joelho, as mãos e uma vez eu consegui furar a testa graça a uma queda em uma ladeira.

- O quê? - A maior estava em choque; o fato da ruiva falar com normalidade a assustava.

- Tentei ser líder de torcida igual a Andrea e no primeiro dia eu quebrei o pulso. - Sorriu com a expressão assustada da garota. - Mas depois eu desisti, não levo jeito.

- Como você ainda não ficou em coma, com tantos tombos...

- Uma vez fui atropelada por um carro e fiquei um tempo de cadeira de rodas... O pessoal da escola inventou que eu tinha dado pra algum "negão" - Usou o apelido usando aspas, Hope não sorriu dessa vez pois na época as piadas foram bem chatas e incovenientes.

- Ah... Eu não soube disso.

- Você não era da minha turma, era do nono "B". - Josie franziu o cenho, como aquela garota poderia saber disso? - Fico muito entediada facilmente, costumo reparar nas pessoas e tentar me distrair com teorias.

- Qual é sua teoria sobre mim? - Perguntou curiosa.

- Que tem depressão... E seus pais devem ser ausentes; também acho que ia se matar. - Confessou a última parte abaixando o tom de voz pois sabia que era um assunto delicado. - Ia, não é?

- Está me vigiando porque me acha suicida? - Hope não respondeu pois sabia que nenhuma resposta em sua mente ajudaria para que a garota a sua frente entendesse seu desejo de ajudar. - Não sou, pode ficar tranquila.

- Toda vez que mente você faz biquinho e franzi o cenho. - A morena massageou sua testa e o riso fraco da mais velha foi a única coisa ouvida naquela casa. - Não quero te deixar desconfortável ou brava, mas seria muito ruim não te ver na sala, você usa suéter's fofos.

- E você fica reparando nisso? - Ela entortou os lábios e fez uma careta que fez a morena soltar um breve riso nasal.

- Reparo em muitas coisas, é algo inconsciente. - Respondeu piscando lentamente e sorrindo. - Meu pai gosta de dizer que eu sempre estou em busca de desvendar as pessoas, talvez seja a explicação.

- Você não vai mesmo me deixar em paz, não é? - A ruiva sorriu com a língua entre os dentes e deu uma piscadela fazendo a morena sentir vontade de rir; porém não o fez. - Prometo que me vera usando surter amanhã.

- Acredito, porém quero me certificar. - A morena apenas se deu por vencida, não havia muito que fazer, aquela garota não iria dar trégua.

Teria que passar o dia todo junto a ruiva tagarela e desastrada; só deveria tomar cuidado para que ela não quebrasse nada ali, pois sua mãe iria matar ela e sua nova colega.

.
.
.
.
.

Continua...

Capítulos curtinhos, mas melhor do que nada. Não se esqueçam de votar.

Espero que tenham gostado. Por agora foi isso, até o próximo capítulo beijos e tchau.

Como NÃO se Apaixonar? ~ HosieOnde histórias criam vida. Descubra agora