Poema 55

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anseio tocar o céu dos teus olhos
pelas palavras sentimentais
pelas horas banais
por nossas coisas, e tudo mais

anseio tocar a terra do seu coração
por respeito a todas as horas desiguais
por respeito a todas as coisas erradas desse mundo
por respeito a quem tenta respirar no fogo
por quem sobrevive ao ato de amar agora.

escrever todas as coisas é o que me resta
minha voz é a minha flecha
única ponte que pode te partir ao meio
e te fazer alguém de novo
alguém que sangra
alguém sem medo
alguém que ama
uma alma feroz
que rasga olhos doces
e devora quem te fecha.

não sou nada, além dessa folha
além dessa coisa toda
Sabe se lá, o que é tudo isto que se vive, que se sente.

Leylla E.

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