que dó
amor meu
e nem se trata de uma nota musical
nem se trata de você
que apenas tenta sobreviver como eu,
procurando abrigo na casa aberta do peito de alguém.dó primeiramente de mim
que tanto me maltrato
humilhada, um próprio trapo
e o espelho de falso
nunca diz que sou incrível.
dó de mim
que de carente
toda voz que se dirige a mim, em tom diferente
meu peito que vive dormente
já acha que é amor pra mim.dó de mim, é dó de mim
dó de quem me perde
de quem não sabe me cuidar
raiva e dó de mim,
que de tão manhosa não me cuido
e me deixo afundar.quem não me amaria?
me digas tu caro leitor
se tudo quanto escrevo é sobre amor
e tudo que mais quero é amar
mas nada sei do amor
só sei sobre dizer que ama e abandonar.quem não me amaria?
se eu prefiro tristeza minha e dar ao outro minha alegria?
se de minha cara fazem alegoria
mandam e desmandam em meu coração
com um pequeno par de três palavras.pau mandado
moinho de vento
cultivo dentro de meus restos
flores ao redor de um catavento
esperando que a coragem de viver
algum dia me faça florescer
e que eu aprenda a nadar no meu choro
em vez de me afogar
toda vez que amo alguém
tão desastrosamente
quanto um bebê dirigindo um carro.
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A voz que o silêncio tem.
PoesíaAbordo em poemas neste singelo livro, sobre dependência emocional e outras nuances sentimentalistas de situações reais, vivenciadas por muitos outros corações, não só pelo meu. Aqui, há a voz de alguém que não fala, mas grita fazendo eco da voz das...