Poema 17

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há uma noite correndo, lá fora
no meio das ruas onde se passa o vento
as luzes da cidade
clareiam ruas vazias
há uma escuridão aqui dentro
no meio dos raios de sol
que entram nas minhas brechas quebradas

no meio disso tudo
dissoluto
sou aquele resto de planta
sobre a escrivaninha de madeira velha
há pó sobre toda essa casa
que desabou
assim que o sol se foi
o sol mentiu
era um buraco negro
que me pediu poesia
leu e me consumiu
leu e me feriu
corrompeu meu amor

porque toda droga que dou valor
fala de amor
e termina sobre o todas as coisas que você me causou.

A voz que o silêncio tem.Onde histórias criam vida. Descubra agora