eriçar o pó de sua alma
que
só dança conforme
uma música
que só toca uma vez
almas
desatadas
soltas feito pó
Pó que vicia
droga o corpo
deixa roxo
trinta ossos quebrados
costelas expostas
ódio feito veneno
hidratando o círculo de meus olhos
coração dobrado em tamanho
querendo sua submissão
ardendo
teu nome
odiando tudo que possui seu nome pelas palavras
desejando possuir
o que não há nome de ninguémárdua premissa
desejo e possessão
doentia ilusão
amor nunca suplantado
destino rasgado
tórax partido
sangue quente nas veias do cérebro
hidratando nosso ápice
que da nossa mente não passa
queimando células
de um sexo não feito
um olho não tocado até o gozo esplêndido
uma pele virgem
descascada do sol que não a ama
flamejante e sem proteção
desejando ferozmente
um toque físico
impedindo sempre
encontro entre nós
entre coração.
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A voz que o silêncio tem.
PoetryAbordo em poemas neste singelo livro, sobre dependência emocional e outras nuances sentimentalistas de situações reais, vivenciadas por muitos outros corações, não só pelo meu. Aqui, há a voz de alguém que não fala, mas grita fazendo eco da voz das...