Poema 48

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se,"e se".

possibilidades.

condenação por cogitar a morte.
a morte temida, em vida
é para mim, descanso.

descanso para essa carne atormentada,
paz, a essa mente de trovoada,
sono em noite de tempestade.

crime meu, perante os homens, cogitar a minha própria morte.
lucidez minha, perante o meu sofrimento sem fim, esperar o fim dos meus dias;
neste lugar infernal.

o sol me queima, expulsando-me do ar de fora.
a sombra da casa me expulsa, porquanto já não suporta o peso da minha mente inquieta.

meus pulsos ardem, ansiando um pecado condenável.
a minha alma chora pelo olhos, calmamente.
dopada.
gritando em meio a um silêncio tão alto, que os meus mortais não ouvem.

meios sorrisos, conjunto de 3 palavras, e uma morte que nunca acaba de levar o meu fôlego, me deixando nesse sufoco, de sempre viver mais um dia.



l.e

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