Poema 54

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Talvez eu seja um exagero contido
aquele amarelo queimado
marcado nas páginas de um livro.

talvez eu seja sorrateira
que não ocupo lugar no presente
mas os espaços que ficam vazios
em cada parte de gente

talvez eu seja só um espírito preso
como um pássaro a ser vendido, passado de mão em mão;
e nunca poderei livrar-me
de minha própria prisão.

então alcanço altos vôos de olhos fechados
para ver se impulso me leva cegamente
a algum lugar aberto meu
em que este coração que me habita, já não consiga ser mais tão dormente.

Leylla E.

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