፝֯֟⋆˖❛◌ ༾ཻུ۪۪⸙ 004. Irmãos Sully salvam o dia

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O frescor da mata parecia ainda mais convidativo pela manhã, tudo se acendia em vida, em disposição e vitalidade. As briófitas enraizadas pelo solo, as angiospermas frutíferas nas copas das árvores, os animais rastejante e os cavalos de oito patas.

Ah os cavalos.

Um deles me acordou com lambidas nada discretas no rosto pela manhã, o sol ainda não havia brilhado completamente em seu amanhecer, mas já levantei após o beijo do animal, por ficar com medo de pegar no sono e os bichos voltarem a mexer comigo de novo. Afinal, se os bichos do planeta Terra podem ser imprevisíveis. Imaginem só os animais aqui de pandora!.

Resolvi caminhar em busca de um banho. E a vida em pandora é tão fantasiosa e irreal, que naquele momento, eu estava me sentindo parte de um videogame.
Escutava não muito longe do estábulo, correntes de água, e torcia muito para percorrer o caminho certo e encontrar uma nascente cristalina para me banhar agora pela manhã.

Estou tão fedida e suja que não me reconheceria se me encarasse no espelho. E meu cabelo… bom, sem comentários.

Vou em passos apressados na direção da água corrente e mal me importo com a possibilidade de me perder na mata, se eles me acharam uma vez. Poderão me achar de novo. Apesar que, fedida assim eu não queria ser encontrada por ninguém.

Parecendo contrariar o meu pensamento anterior, vejo não somente um riacho como uma pequena cachoeira deslizando pelas pedras, como um amontoado de omatikayas se banhando, meninos meninas, homens e mulheres.

Eles riam entre si e as crianças jogavam água uma nas outras, as fêmeas acariciavam sua pele delicadamente e um jovem rapaz se deliciava com cascatas de água bem abaixo da cachoeira. Uma visão dos sonhos, um paraíso para os olhos e um deleite para a alma.

Há quanto tempo eu não tenho tais sentimentos com os moradores da minha terra? Espécie da minha raça? Eu mal consigo me lembrar, qual foi a última vez de avistar uma família feliz e em paz no Misory.

Eles tinham algo de especial dentro de si. Não sei se era o brilho dourado no olhar, a energia cativante ou a ligação misteriosa que cada um deles parecia ter com a floresta. Eu não sei definir o que, mas quanto mais eu olhava, mais eu tinha a certeza de que sim, os Na'vis possuíam algo muito especial com eles.

Vou me aproximando em passos lentos do riacho, cautelosa, como se um deles pudesse me atacar a qualquer movimento brusco que eu fizesse, bom, talvez isso fosse realmente verdade. De qualquer modo, todo cuidado é pouco.

Ia me chegando mais perto da água, olho envolta e molho meus pés a medida que ia descendo da grama do chão. Olho para algum deles que pararam a sua diversão inicial apenas para prestarem atenção em mim e aos meus movimentos. Engulo a seco.

Ótimo. Centro das atenções de novo. Por quê isso não acontecia comigo no ensino médio?.

Olhei para um dos homens que estavam dentro do rio, encarando ele a fim de uma permissão para dividir a água cristalina com eles, depois de ontem, eu estava muito cautelosa. Ele me encarou de volta... e gentilmente acenou em afirmativo, autorizando a minha chegada.

Mergulho meu corpo completamente na água em um nado e abro os olhos embaixo dela, vendo uma infinidade de algas e criaturas minúsculas que orbitavam dentro do riacho, sorrio abertamente com a descoberta, eles brilhavam e nadavam de uma forma surpreendente, seria maravilhoso passar mais tempo aqui e estudar cada um desses seres,mas preciso de fôlego após a mini expedição, então logo volto para a superfície em busca de ar.

Respiro fundo sentindo meu cabelo ruivo cair molhado em cascata por minhas costas, ele estava um caos, uma desordem, mas sei não conseguir desembaraçar seus nós com os dedos, então apenas tiro o excesso de água dos cachos alaranjados e flutuo ao meio da água cristalina.

❖ 𝐓𝐡𝐞 𝐖𝐨𝐫𝐥𝐝 𝐨𝐮𝐭𝐬𝐢𝐝𝐞 𝐄𝐚𝐫𝐭𝐡 | 𝐍𝐞𝐭𝐞𝐲𝐚𝐦Onde histórias criam vida. Descubra agora